As ostras e mexilhões produzidas na região de Laranjeiras, em São Francisco do Sul, estão livres da toxina diarreica (DSP) e, portanto, liberadas para comercialização e consumo.

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A secretaria estadual da Agricultura e da Pesca liberou também a coleta nas praias de Balneário Camboriú, da Praia do Cedro e Ponta do Papagaio, em Palhoça; e da Freguesia do Ribeirão, Costeira do Ribeirão, Caieira da Barra do Sul, Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis.

A interdição preventiva continua para as áreas onde foi comprovada a presença da toxina ou que ainda não foram examinadas sendo proibida a retirada, comercialização e consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões.

No momento existe a presença da DSP na localidade de Paulas, em São Francisco do Sul, na região de Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, e no município de Porto Belo.

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No último dia 18 foi detectada a primeira área. No dia 21, a secretaria informou a interdição preventiva de várias áreas de cultivo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões em Santa Catarina, proibindo a retirada, comercialização e consumo desses animais e seus produtos devido à presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar.

As coletas de moluscos continuarão sendo realizadas para o monitoramento das áreas de produção em Santa Catarina. Se os resultados mostrarem que não há contaminação, outras localidades serão imediatamente liberadas como aconteceu para as áreas desinterditadas.

Para os casos em que ainda existe a comprovação da presença da toxina nos moluscos, o procedimento para desinterdição requer dois exames laboratoriais com resultado negativo.

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O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies informa que a expectativa é de que as toxinas produzidas pelas algas desapareçam em poucos dias nas poucas áreas de cultivo que continuam interditadas nos municípios de São Francisco do Sul, Porto Belo e Governador Celso Ramos.

A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores.

A presença de Dinophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

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Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008. Uma das explicações para o fenômeno são as condições ambientais favoráveis para a proliferação dessas algas: maior incidência solar, pouca agitação marinha e baixa salinidade da água do mar.

Os sintomas causados pela DSP são náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias.