A coleta de moluscos bivalves (mexilhões) está suspensa na praia de Paulas, em São Francisco do Sul. Uma toxina que provoca dores intestinais e diarreia foi detectada nos moluscos no dia 13 de agosto.

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A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiu um comunicado suspendendo a coleta. A Vigilância Sanitária de Blumenau também emitiu um alerta para a população e comerciantes da cidade, proibindo a venda e utilização em restaurantes dos moluscos comprados na região.

De acordo com um memorando do Laboratório de Pesquisa e Monitoramento de Algas Nocivas e Ficotoxinas (Laqua) do município de Itajaí, os resultados dos exames para a presença de toxinas diarréicas apresentaram concentração acima dos limites estabelecidos pela legislação brasileira.

Segundo o oceanógrafo da Epagri de São Francisco do Sul, Edir Tedesco, esse problema não ocorria há três anos na região. Segundo ele, a situação está sob controle e a coleta deve ser liberada nos próximos dias.

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– A coleta foi suspensa e não há risco para os consumidores. O produto que está nos mercados é anterior ao registro da toxina. Os níveis encontrados já estão baixando e, passando a floração, o próprio mexilhão depura as toxina – disse.

Segundo ele, o monitoramento é feito regularmente e, além dos técnicos, os próprios produtores acompanham tudo de perto.

– O maricultor é bem consciente. Ele prefere não vender por 15 dias do que inviabilizar o negócio – diz.

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A próxima coleta e análise deve ocorrer nesta quinta-feira, mas o resultado sai até o fim de semana. A expectativa é de que a coleta seja liberada.

Não há prejuízo financeiro para os maricultores porque toda a produção continua intacta, apenas esperando a fase mais intensa da toxina passar. Segundo Tedesco, o problema nunca foi detectado por mais de 15 dias em todo o Litoral de Santa Catarina.