O grupo que tenta evitar a venda do patrimônio da Sociedade Esportiva e Recreativa União Mildau, na zona rural de Pirabeiraba, ganhou 15 dias para levantar R$ 232 mil. A suspensão do leilão por duas semanas foi autorizada pela juíza da 6ª Vara Cível de Joinville, Viviane Speck de Souza, no fim da manhã desta terça-feira, depois de uma reunião.

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A venda do patrimônio do Mildau estava marcado para ontem à tarde, no Fórum de Joinville. O lance inicial era de R$ 425 mil para a compra do terreno, o prédio, o campo de futebol e uma pequena praça _ em 12,4 mil metros quadrados de área rural e 384 metros quadrados de área construída.

Segundo o leiloeiro oficial Paulo Mário Lopes Machado, da Carstens Leiloeiros, um novo prazo começou a ser contado ontem, mas ainda não há uma data definitiva para a realização de uma nova tentativa.

Um grupo de associados da entidade terá de mobilizar a comunidade. Se conseguir levantar o valor até o início do mês que vem, o grupo poderá manter o Mildau sob controle dos associados. Havia pelo menos três grupos privados interessados na sociedade, que é uma das mais tradicionais de Joinville, onde são realizadas as festas do Pato e do Cará.

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O vereador Sidnei Sabel (PP), que acompanhou o grupo de moradores e associados da entidade, se comprometeu em buscar a ajuda de empresários de Pirabeiraba e de outras regiões de Joinville. Caso não seja pago, o valor será aumentado em 15%.

– Foi uma vitória. Do jeito que estava, a situação era desesperadora. Mas ambos os lados entendem que é preciso haver uma mobilização da comunidade -, disse o advogado Danilo Villa Sanches, que representa os associados.

A ação judicial que culminou com o leilão é de 15 anos atrás, quando uma família foi à Justiça para exigir a indenização pela morte de um rapaz que levou um choque elétrico quando fazia a limpeza do telhado.

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