Legisladores da Carolina do Sul concordaram, nesta quinta-feira, em banir a bandeira confederada da área da Assembleia Legislativa do Estado – uma ação que responde aos pedidos da população após o ataque contra uma igreja da comunidade negra no mês passado.
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Em uma votação antes do amanhecer, depois de uma quarta-feira tomada por debates, a Câmara de Representantes concordou por ampla maioria em remover a bandeira que por dácadas teve lugar de destaque na frente do edifício do órgão.
A medida foi aprovada por 94 votos a favor e 20 contra – muito mais do que os dois terços necessários para a aprovação final. O mesmo projeto passou pelo Senado estadual na segunda-feira com uma votação de 37 a três.
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O texto seguirá agora para a mesa da governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, que havia feito um apelo fervoroso para os legisladores aprovarem a medida após Dylann Roof, de 21 anos, um supremacista branco acusado de ter assassinado nove negros na igreja, no dia 17 de junho.
A bandeira dos Confederados foi usada pelos estados do sul dos Estados Unidos – que eram escravistas – durante a Guerra Civil. Para alguns, a bandeira é símbolo do racismo e da opressão racial, para outros, remete à tradição e a cultura do sul do país.
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*AFP