Em Florianópolis, a Polícia Federal (PF) define como uma espécie de ação cirúrgica a prisão de José Antunes Sobrinho, um dos sócios da empresa Engevix. Ele foi detido na manhã desta segunda-feira, na 19ª fase da Operação Lava Jato, denominada de Nessun Dorma.
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Sobrinho foi preso às 6h, em um apartamento na Avenida Beira-Mar Norte, no quinto andar do condomínio Porto dos Ilhéus. O empresário foi levado para a sede da PF em Curitiba, onde estão concentradas as investigações.
Segundo o delegado da Comunicação da PF em Santa Catarina, Luiz Carlos Korff, a prisão de Sobrinho no Estado foi um trabalho rápido, localizado e para cumprir a ordem judicial de prisão preventiva.
– Ele estava no apartamento aqui, que deve ser desses de fim de semana, mas mora em São Paulo. Foi pego pela equipe de policiais federais de Curitiba e em seguida já levado para lá – comentou o delegado Korff.
Sobrinho mora há anos na Capital catarinense e é bastante conhecido nos meios da engenharia e empresarial. O empresário costumava passar o fim de semana em Florianópolis e geralmente retornava a São Paulo no domingo à noite. Os policiais federais chegaram a fazer uma busca no apartamento dele na capital paulista, já que havia possibilidade de que ele tivesse viajado ainda no domingo. Como ele não foi encontrado, a operação seguiu em Florianópolis.
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Na empresa, funcionários evitam jornalistas
A empresa Engevix, da qual Sobrinho é um dos sócios, tem sede em São Paulo e escritório em diversas cidades, entre elas, Florianópolis, no bairro Itacorubi. Na portaria do prédio, funcionários não quiseram conversar com os jornalistas. Um vizinho afirmou ter visto a movimentação da PF no local pela manhã.
A defesa de Sobrinho ainda não se manifestou sobre o caso. No apartamento onde ele foi preso, ninguém atendeu aos chamados.
Na sede da Superintendência, que também fica na Beira-Mar Norte, o movimento pela manhã não se alterou em razão da operação. Como a ação ficou concentrada com os policiais de Curitiba, a PF em SC acabou não repassando outros detalhes.