Sobre o Globo Repórter do domingo, concordo com a colega Daniela Matthes (Santa, 22/2) que disse, entre outras coisas, que é preciso reconhecer quem somos, com virtudes e falhas. Atrativos naturais aqui nos vales temos às pampas, incluindo os montes, que temos aos montes. Boa parte do que restou de Floresta Atlântica no Brasil fica por aqui e isso pode e deve ser usado em nosso favor, diversificando e alavancando a economia, sem prejuízo da preservação. O público que cada vez mais procura lugares como o morro do Spitzkopf e Parques Nacionais que o diga. O potencial para rotas de ecoturismo (cicloturismo, pedestrianismo, banhos de cachoeira, etc), transpondo vários municípios da região dos vales, a exemplo de muitos países onde existem milhares de quilômetros de trilhas para esse fim, é fantástico. Potencial à espera de ser acordado de seu berço esplêndido.
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Talvez poucos tenham percebido, mas um detalhe da cena do local de partida do circuito de cicloturismo me deixou triste: o amarelão lama do rio Benedito a estragar a paisagem da área do belo pontilhão da Thapyoka em Timbó. Quando será que vamos aprender a cuidar de nossas paisagens, controlando a erosão que destrói os solos, emporcalha de lama e enfeia nossos rios?
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Bom exemplo
Há uns dois anos percebi que uma das últimas belíssimas colinas revestidas de verde pastagem do bairro Fortaleza, bem visível numa curva da via expressa sentido BR470, começava a ser escavada. Mais um pedaço de nossa bucólica paisagem que vai pro saco, imaginei. No entanto, JUNTO (!) com o acabamento da obra – um prédio de uns 4 andares, acontece o acabamento da paisagem, com reposição do verde. Ocupação sem degradação paisagística, simples não?
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Triste “bingo!”
Não deu outra. A rua Francisco J. de Oliveira, que usei como exemplo do custo Blumenau na semana passada, teve, dois dias depois de publicado o artigo, seu macadame novamente arrancado pela enésima vez na enxurrada do último sábado, tal qual eu havia descrito: o material espalhou-se sobre o asfalto da rua Emílio Tallmann, atrapalhou o trânsito, entrou num bueiro (sem grade) do outro lado da rua quase entupindo-o, fora o material que foi parar no rio Garcia. Haja dinheiro para arrumar tudo … de novo!
Nova “Ponte Preta”
Será que vão inaugurar a nova ponte preta da rua Ruy Barbosa sem melhorar o raio de curva de quem, saindo da ponte, precisa dobrar à direita na rua Progresso? Por que não aproveitar e fazer isso agora, com economia de recursos, aproveitando a própria estrutura da ponte?