A lancha que naufragou em Balneário Camboriú domingo à noite não tem registro na Marinha. A informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo comandante José Savio Feres Rodrigues, responsável pela Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí. Um inquérito administrativo para investigar o caso foi aberto segunda-feira e deverá ser concluído em até 90 dias. Nove pessoas estavam a bordo da embarcação que ficou presa às pedras entre as praias de Taquaras e Laranjeiras e afundou em seguida. Todas foram resgatadas.

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O proprietário da lancha, Carlos Alberto Gomes, que é empresário e sócio de uma revenda de barcos, explica que essa teria sido a primeira saída da embarcação, de aproximadamente 10 metros de comprimento, e por ser nova a loja ainda não havia feito o registro no órgão responsável.

– Aquela foi a única saída da lancha, e era só para demonstração – destacou o empresário.

Comandante Rodrigues explica que sair sem o registro de uma embarcação é o mesmo que transitar com um carro pela cidade e não ter o documento do veículo. Portanto, é obrigatório. A documentação pode ser feita nas delegacias, capitanias ou agências da Marinha.

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– As normas da autoridade marítima não preveem saídas de lanchas sem a documentação, seguro, coletes salva-vidas, extintor de incêndio, âncora ou pessoa habilitada para a categoria, mesmo para casos de saídas para demonstração com a finalidade de venda – finalizou o delegado.