Ele encantou a todos nós dias atrás, dando um exemplo gigante de generosidade, do alto dos seus 10 anos. Macleo, morador do Monte Serrat, em Florianópolis, chegou às nossas mãos pelo leitor José Alexandre Monteiro, também da Capital, que se emocionou com a história do menino, o qual conheceu na porta de um supermercado pedindo uns trocados, no bairro Itacorubi.
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“Esse garoto sabe o valor de se doar, mesmo quando se tem muito pouco a oferecer! Tudo o que pede pra si, sabe partilhar com outros — de famílias tão humildes quanto a dele”, conta José, depois de ter presenciado Macleo matando a fome de outros pedintes da mesma região onde costuma ficar.
E nosso leitor se impressionou tanto que decidiu ir mais a fundo nesta história. Ele acaba, junto com outras dezenas de leitores, de escrever um novo capítulo na vida do jovem rapaz. Sim: o que a gente dá, cedo ou tarde recebe… Agora é a vez de Macleo.
Deu muito certo!
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Indo até a casa do menino, José Alexandre conheceu uma realidade muito pobre: Macleo não tem pai nem mãe, mora com a avó e eles passam por sérias dificuldades — o que faz com que o garoto saia pelas ruas a pedir.
Foi quando nosso leitor teve a ideia de fazer uma campanha para arrecadar alimentos, roupas e conseguir um tênis e um caderno para ele estudar — o sonho de Macleo. Se deu certo? Muito! Uma legião de amigos aqui da Hora (que nunca nos deixa na mão) se uniu a José e, juntos, fizeram um grande surpresa para a família: multiplicaram sorrisos e esperança.
Que iradooooo!
“Ao encontrar Macleo e a avó, que nos aguardavam com ansiedade no mesmo supermercado em que nos conhecemos, conversamos muito: pedimos que ele estude — só assim poderemos lhe ajudar. A medida que novos amigos de nosso grupo voluntário iam chegando com doações, presentes e, principalmente, carinho e atenção, o menino ia assumindo a criança que é: a cada pacote aberto falava: orras, que irado! Cada caderno, cada lápis de cor parecia tirar sua vida do preto e branco. Pulava de alegria! Difícil era vê-lo com os olhos cheios de lágrimas cada vez que alguém passava a mão na sua cabeça e lhe dava um abraço”, conta José.
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Já na casa do menino, nossos amigos conheceram a dura realidade em que vivem: “tio, tia, avó, Macleo e um bebê de sete meses vivendo todos juntos num pequeno espaço e desempregados. Mas naquele momento eles vibravam numa felicidade, que não tem preço, em meio a tantos donativos. Ah… O tão sonhado tênis também veio — tirando o garoto, por um momento, da bagunça que virou sua vida”, completa.
Acaba por aqui?
“Resolvidos os problemas de Macleo? Não! Amenizados, talvez. Um respiro pra, quem sabe, possa trilhar um novo caminho. Vamos continuar monitorando ele na escola, tentar o passe pra ir e vir ao colégio, dar uma força para o tio que é pedreiro (e está sem serviço), apoio pra que a avó consiga sua aposentadoria e ao bebê, que precisa de fralda e um apoio médico urgente. Temos muito trabalho ainda, mas agora ficou fácil: antes eu estava sozinho, agora não mais! A Hora me trouxe pessoas que jamais vou esquecer — muito obrigada a todos, seguimos juntos nesta!”, conclui José, que segue de plantão para receber novos parceiros pelo celular/whatsapp: (48) 99102-6110. E nós, cada vez mais orgulhosos dos leitores que temos. Vocês não existem!!!
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