A semana começa com uma linda lição de generosidade dada por uma criança que acaba de conquistar o coração de nosso leitor José Alexandre Monteiro, de Florianópolis. E não tem mesmo como não se emocionar com o Macleo, que do alto dos seus 10 anos, e filho de família muito humilde, sabe o valor de se doar mesmo quando se tem muito pouco a oferecer. Aliás, pouco no sentido material, por que amor este pequeno tem de sobra pra dar – e dá mesmo!

Continua depois da publicidade

— Conheci Macleo pedindo dinheiro na porta de um supermercado no Itacorubi. Seu sonho era guardar uns trocados para comprar um tênis. Algo nele me tocou e, depois de ter me ajudado com as compras, dei a ele R$ 2 – o que lhe fez abrir um sorrisão! Voltei pro carro e fiquei observando de longe. Vi um adulto na direção de Macleo lhe pedindo comida. Por duas vezes o garoto pegou na sua surrada sacolinha pães para matar a fome daquele homem – que foi embora contente, como se tivesse participado de um banquete. Fiquei num misto de emoção e até vergonha. Um guri tão novo me mostrando o quanto reclamo demais da vida, o quanto não valorizo os pequenos gestos (que poderiam me fazer ainda mais feliz) o quanto ainda me doo pouco, nesta vida. Macleo fez eu me repensar — conta José Alexandre que decidiu ir mais a fundo nesta história…

Eles precisam de nós

José retornou ao supermercado, dias depois, pra uma conversa mais longa com Macleo que, descobriu, não tem pai nem mãe.

Continua depois da publicidade

— O menino mora com a avó, a quem fui ao encontro também. Vi o quanto a família passa por dificuldades – e ainda assim não me pediram nada. Insisti e a avó acabou me confessando o que mais estão precisando: comida, um jogo de lençóis para cama de casal (vó e neto dormem juntos), toalhas, roupas de criança (Macleo tem quase nada), um sofá usado e uma TV usada. Ah, e o tênis (tamanho 35/36) que ele tanto sonha e um caderno novo, pro menino estudar. Ainda mais emocionado, depois da conversa chamei Macleo para irmos ao super, buscar algo pra comer: lá ele pegou dois salgados e dois iogurtes, perguntando se podia dar para o amigo dele que estava na rua… e com fome. Mais uma vez esse coração que parece gigante me tocou. Por isso quero dividir tanto essa experiência com mais pessoas – para que sejam tocadas também e, quem sabe, dar mais dignidade à família do menino, com algum apoio. Eu fico de plantão para ser a ponte: essa história agora também é minha — diz José Alexandre.

E eu refaço a frase: essa história agora é NOSSA! Quem puder ajudar pode ligar para o nosso leitor no celular/whatsapp: (48) 99102-6110. Gratidão aos dois por nos fazerem começar a semana repensando nossas atitudes!

Leia todas as colunas da Laine Valgas na Hora de Santa Catarina

Confira as últimas informações sobre a Grande Florianópolis