Encerrada a votação deste domingo, a hora é de costurar alianças. Com o desafio de alinhavar novos apoios para as respectivas campanhas, Kennedy Nunes (PSD) e Udo Döhler (PMDB) passaram a segunda feira conversando. Apesar de o diálogo passar pelo PP, DEM, PR e PPS, os principais alvos são o PSDB de Marco Tebaldi e o PT de Carlito Merss.

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Apesar de ter indicado Darci de Matos (PSD) como um de seus interlocutores (Gelson Merísio seria o outro), Kennedy Nunes também entrou no circuito e realizou diversos contatos nesta segunda-feira. Conversou com Leonel Camasão (PSOL), com quem ficou de agendar um café. Pelo telefone, falou com Eduardo Dalbosco (PT), que coordenou a campanha de Carlito Merss (PT). Os dois devem conversar entre nesta terça e amanhã.

No final da tarde, em Florianópolis, foi recebido por Raimundo Colombo. Em pouco mais de uma hora de conversa, da qual também participaram Jean Kulmann (Blumenau) e Cesar Souza Júnior (Florianópolis), Kennedy Nunes ouviu as razões do governador para não se envolver na campanha em Joinville. Obteve, em contrapartida, a garantia que Raimundo Colombo não terá agendas oficiais na cidade até o dia 28.

O acordo inclui a instalação da BMW no Norte do Estado. Se o anúncio ocorrer antes do segundo turno, a solenidade será em Florianópolis ou Brasília (essa é a vontade da ministra Ideli Salvatti), mas não em Joinville. O entendimento é de que, com o evento ocorrendo longe daqui, Udo Döhler teria dificuldades de atrelar seu nome ao investimento.

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O alvo do PMDB não é Raimundo Colombo, até porque os peemedebistas sabem que o governador não vai intervir. A mira é Dilma Rousseff. O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), responsável pela costura das alianças para o segundo turno (Udo Döhler não participa da articulação política), não nega que seria importante ter ao menos um depoimento gravado da presidente, algo que Carlito Merss (PT) não conseguiu.

Mas espera que esse movimento – o pedido de apoio à presidente – venha do PT de Joinville. Não quer intervir, pelo menos não diretamente.

Além do PT, também estão mapeados na lista de possibilidades do PMDB o apoio do PSDB, PP, PPS e PR. Sandro Silva, que abriu dissidência no PPS ao apoiar Udo Döhler no primeiro turno (o PPS foi com Marco Tebaldi), se reuniu ainda na noite de domingo com LHS. Os dois vereadores eleitos do PPS – Levi Rioschi e Dorval Petri – já teriam acertado a aliança com o PMDB. nesta segunda voltaram a conversar.

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O desafio agora é trazer a ala do PPS disposta a apoiar o PSD. O PR do vice-prefeito Ingo Butzke também parece propenso a ir com o PMDB. Há ainda a intenção de se aproximar do PSDB. LHS tem conversando com o senador Paulo Bauer e tenta articular a atração do PSDB – ou pelo menos uma boa parte – para a aliança.

Marco Tebaldi (PSDB) deve se manifestar entre nesta terça e amanhã. Nesta segunda, ainda pela manhã, recebeu a visita de Darci de Matos (PSD). Logo depois, se reuniu com assessores, pediu a cada um uma avaliação do resultado da eleição. Nesta conversa, estavam Cromácio José da Rosa, Benhur Lima, Lauro Kalfels, Paulo Zick e Marcelo Artilheiro.

Cada um deu sua opinião sobre quem deveria ter o apoio do PSDB no segundo turno. A maioria foi pró-Kennedy (Marco Tebaldi não se manifestou). Ainda nesta terça o PSDB deve convocar os dirigentes da coligação Somos Todos Joinville para analisar as opções no segundo turno.

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Quem não tem pressa para definir apoios é Carlito Merss (PT). Ainda na madrugada de segunda-feira, o prefeito reuniu a assessoria para analisar o resultado da eleição. Antecipou que só deve anunciar eventual apoio a um ou outro candidato na semana que vem.

– Todas as hipóteses estão sendo consideradas -, disse Eduardo Dalbosco (PT), que coordenou a campanha do PT e está envolvido nas negociações, ao ser perguntado sobre a escolha entre PMDB ou PSD.

A ideia é que a decisão de apoio venha do PT e não do prefeito. Está claro que a aliança depende da garantia de continuidade de algumas ações do atual governo e também do espaço político que será dado ao PT.

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