Será na próxima quarta-feira, no Fórum da Capital, a primeira audiência de instrução e julgamento de dois policiais militares acusados de matar Fabrício Pires da Rosa, em 4 de novembro de 2016, no Morro do Horácio, na região do Bairro Agronômica. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) aceita pela Justiça, a vítima estava rendida pelos PMs quando eles deram dois tiros no rapaz.

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Na época da morte, a versão oficial da PM dizia que a vítima tinha reagido e morrido em confronto na operação que buscava armas e drogas na comunidade onde dois meses antes o policial militar Vinicius Alexandre Gonçalves, 31 anos, morreu em serviço. O MP ofereceu denúncia contra os PMs baseado em depoimentos de testemunhas que indicam a morte da vítima já rendida por motivo torpe e sem chance de defesa.

Nesta primeira audiência serão ouvidas duas testemunhas. Conforme a denúncia, os PMs dispararam um tiro cada um contra Fabrício quando este saiu de uma quitinete e se entregou com as mãos para cima. Depois, narra o documento da promotoria, os denunciados dispararam com um revólver calibre 32 e colocaram a arma na cena do homicídio e próximo ao corpo de Fabrício como suposta forma de justificar eventual reação.

Em outubro do ano passado a Justiça aceitou a denúncia contra os policiais e ainda determinou que eles ficassem afastados da função. Neste mês de janeiro, eles tiveram negado o pedido para voltar a trabalhar. A defesa dos dois PMs pretende pedir absolvição sumária deles pelo entendimento de que as provas são fracas e não se sustentam. O advogado Eduardo Cleto Righetto acredita que as versões apresentadas são conflitantes.

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