O réu no caso da chacina em Penha, Luiz Carlos Flores, o Liquinha, 38 anos, vai a júri popular. O juiz Alexandre Schramm, da 2ª Vara da Comarca de Balneário Piçarras, onde tramita o processo, aceitou a acusação feita pela promotoria, de que o acusado cometeu homicídio qualificado por motivo fútil, mediante dissimulação, sem possibilidade de defesa às vítimas e pela tentativa de ocultação do crime.

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O inquérito policial apurou que na noite de 7 de dezembro passado, Liquinha teria assassinado a marretadas a mãe Carmem Cunha Flores, 69 anos, e a marteladas a irmã Leopoldina Carmem Flores, 41 anos, o sobrinho Pedro Henrique Flores, 10 anos, e o pai Luiz Nilo Flores, 72 anos.

Durante a confissão do crime na delegacia, Liquinha afirmou que o objetivo era matar a irmã, por quem ele disse sentir raiva, mas, para que a mãe não sofresse com a morte de Leopoldina, ele a teria matado primeiro. Após matar a irmã, ele teria assassinado o sobrinho e o pai para não deixar testemunhas.

Para o promotor, Luiz Felipe de Oliveira Czesnat, a Justiça acatou a acusação devido às fortes provas apresentadas no inquérito.

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– A acusação se baseou no material apresentado pela Polícia. Na delegacia ele confessou o crime, contou a forma como matou e a ordem em que cometeu os crimes -, disse.

A decisão ainda cabe recurso.

– A defesa pode levar a decisão para o Tribunal de Justiça, mas acho improvável que a pronúncia não se confirme, devido ao bom trabalho feito pela Polícia -, afirma Czesnat.

Na sentença o juiz determina também que o réu permaneça preso.

– A manutenção da segregação preventiva é medida imperativa, posto que o delito perpetrado desafiou a ordem pública local, causando repercussão junto ao tecido social desta ordeira comunidade -, escreveu.

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Liquinha chegou a ir no velório dos familiares em Penha, no litoral Norte, antes de confessar o crime à Polícia.?

Contraponto

A reportagem do “A Notícia” entrou em contato com a advogada do réu, Débora Salau do Nascimento, mas ela não quis comentar a decisão.

– Converso com vocês na semana que vem -, disse. ??????????????