O juiz da 3ª Vara Cível de Joinville, Rafael Osorio Cassiano, que deve presidir a audiência do processo movido pela joinvilense Taíza Thomsen contra a Editora Três, determinou na última segunda-feira que os responsáveis legais pela editora sejam ouvidos por meio de carta precatória (quando a pessoa presta depoimento à Justiça na cidade onde mora, e não onde o processo está em andamento), em São Paulo.

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Também decidiu que um dos principais argumentos da defesa, o de que o a ação foi iniciada fora do prazo legal, seja avaliado posteriormente.

A decisão tem apenas três linhas e deve ser o último passo antes da audiência marcada para a tarde do próximo dia 26, no Fórum de Joinville.

A ação de indenização por danos morais foi movida em outubro de 2012 contra a empresa que edita a revista Isto É. Em dezembro do ano passado, o juiz Rudson Marcos concedeu uma liminar determinando que a editora retirasse da internet uma reportagem envolvendo o nome de Taíza. O mérito do processo ainda não foi julgado.

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O advogado de Taíza, Carlos Adauto Virmond Vieira, disse que a decisão não altera em nada o rumo da ação. É pouco provável que as partes entrem em acordo no próximo dia 26.

A advogada da Editora Três, Lucimara Ferro Melhado, disse que não deve aceitar propostas envolvendo o pagamento de qualquer valor de indenização.

Taíza ficou na Europa nos últimos sete anos e meio. Ela voltou ao País no dia 3 de novembro, na companhia dos pais e de um casal de tios.

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Em entrevista exclusiva ao Grupo RBS, ela disse ter sido vítima, aos 23 anos, de um esquema de aliciamento e tráfico de mulheres.

A Polícia Federal de Joinville reabriu o inquérito 44/2007, iniciado na época em que Taíza viajou para a Europa.