Preso e afastado do cargo de prefeito de Lages desde 5 de dezembro, Elizeu Mattos (PMDB) ganhou a liberdade e a condição de réu no processo da Operação Águas Limpas. Na tarde desta quinta-feira, a terceira câmara criminal do Tribunal de Justiça decidiu aceitar integralmente a denúncia do Ministério Publico de Santa Catarina contra o peemedebista e outros nove indiciados – incluindo os dois empresários que aderiram à delação premiada. Elizeu foi solto no início da noite.
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O relatório do desembargador Ernani Guetten de Almeida foi seguido na íntegra pelos demais desembargadores que participaram da sessão, incluindo a decisão de revogar as prisões preventivas de Elizeu Mattos, do motorista Antonio Simas, o Toninho, e do ex-secretário municipal de Águas, Vilson Rodrigues da Silva. As prisões foram substituída por restrições como apresentação em juízo a cada 15 dias, pedir autorização judicial para deixar Lages, recolher-se entre 22h e 6h, não frequentar bares, boates e festas – aplicadas a todos os réus.
Além disso, a terceira câmara criminal decidiu manter o afastamento de Elizeu do cargo de prefeito. Ele está proibido de exercer qualquer interferência, direta ou indireta, sobre a administração municipal, assim como frequentar órgãos da prefeitura. Desde 5 de dezembro Lages está sob comando do vice-prefeito Toni Duarte (PPS).
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Além do prefeito afastado, do motorista e do ex-secretário, também viraram réus da Águas Limpas os empresários Arnaldo Sherer dos Santos e Julian Sherer Santos – autores das delações premiadas -, os funcionários nomeados Jaison Luis Mendes Ouriques, Kátia Regina Borges Hilmann, José Wolnei Constante e Fabrício Reichert, além do consultor Fabiano Henrique da Silva Souza. Águas Limpas.
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