O julgamento de Elias Schroeder, que começou por volta das 9h30min desta quarta-feira, deve se estender até a noite. Até o intervalo do almoço, três testemunhas foram ouvidas. O júri foi presidido pelo juiz da 1º Vara Criminal da Comarca de Blumenau, Juliano Rafael Bogo, e o promotor André Otávio Vieira de Mello trabalhou na acusação durante o julgamento. Por volta das 11h, a primeira testemunha de acusação a ser ouvida foi o delegado responsável pelo inquérito policial do caso Bruno Effori. O promotor fez algumas perguntas a Effori e mostrou aos presentes no júri luvas, bota, facas e extintor de incêndio que teriam sido usados no crime. Logo depois, foi a vez dos advogados de Elias Schroeder questionarem o delegado.
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Acusado de ser o mentor do assassinato de Maria Rosângela Muniz, Schroeder está preso desde fevereiro de 2011 juntamente com Edemir Pelin, condenado a 23 anos em dezembro, e a melhor amiga de Maria Rosângela, Vanessa Nardes, condenada a 26 anos e 11 meses em outubro do ano passado. Sete jurados foram sorteados para integrar o conselho de sentença. Ao todo 25 pessoas foram convocados para o júri e até as 9h30min, 19 estavam no Fórum.
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Para o pai da vítima, Teovaldo Muniz, a única esperança para familiares e amigos de Maria Rosângela é que a justiça seja feita:
– Eu espero que ele seja condenado a mais tempo do que os outros.
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A irmã do acusado, Rúbia Schroeder, e demais amigos e familiares que acompanham o julgamento, vestem uma camisa que na frente tem uma foto de Elias com a mãe Carmem e a filha, Bruna, e na parte de trás tem a frase ‘justiça por um inocente’ estampada.
– Eu espero a verdade seja dita, só isso – falou a irmã do acusado.
O promotor, André Otávio Vieira de Mello, acredita que o julgamento desta quarta-feira dure duas hora a menos que o de Vanessa Nardes e Edemir Pelin, condenados no ano passado. O último julgamento, de Edemir Pelin, realizado em dezembro de 2013, durou 15 horas e o de Vanessa, que ocorreu em outubro do ano passado, teve duração de 18 horas. A justificativa do representante do Ministério Público é que Schroeder nega totalmente a participação no crime.
– Pretendo fazer apenas três perguntas a ele – revela Mello.
Segundo o promotor, a prova principal será a de um vizinha que morava em frente ao apartamento de Vanessa Nardes, localizado na rua Rio do Sul, no bairro da Velha, e viu os três envolvidos se deslocando com o corpo da vítima. Mello espera que a pena de Schroeder seja igual ou maior a dos últimos dois condenados no processo. A maior delas foi 26 anos e 11 meses, concedida a Edemir Pelin.
Relembre o caso
Maria Rosângela Muniz foi morta em 25 de janeiro de 2011. O corpo dela foi encontrado uma semana depois, no dia 2 de fevereiro, no interior de Gaspar. A melhor amiga da vítima, Vanessa Nardes, foi a responsável por atrair Maria até o local onde ela foi morta, em um apartamento no bairro da Velha.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público, Schroeder e Vanessa seriam os responsáveis pelo homicídio, além de Edemir Pelin. O último teria sido contratado para matar Maria Rosângela. Vanessa foi julgada em outubro de 2013 e condenada inicialmente a 26 anos e 11 meses de reclusão. Edemir, acusado de matar a gerente financeira com golpes de extintor de incêndio, foi sentenciado a 23 anos de prisão. A motivação do crime seriam irregularidades cometidas por Elias na cooperativa Unisaúde, empresa em que ele, Maria e Vanessa trabalhavam.