O julgamento de Maurício Dickmann, acusado de ter envenenado a própria esposa deve acabar durante a noite desta quinta-feira em Pomerode. A sessão acontece desde as 9h no Fórum da cidade e ainda não há previsão de encerramento. Durante a manhã, as testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas e à tarde começaram os debates entre defesa e acusação.

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O réu entrou na sala do júri por volta das 9h e foi levado à frente da juíza Camila Murara Nicoletti, quando foi liberado das algemas. A primeira testemunha a depor foi o médico José Antônio Aguilar, responsável por tratar a massoterapeuta Simone Dickmann, 35, em seus últimos dias de vida. Ele foi questionado e descreveu aos presentes o estado clínico da vítima dias antes de sua morte.

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Na avaliação do promotor Odair Tramontin, da 15ª Promotoria de Justiça, o Ministério Público tem provas conclusivas, que mostram a causa da morte da mulher: envenenamento pela substância conhecida popularmente como chumbinho.

– O homicídio foi o golpe mais ousado do réu. Após a morte da esposa, uma hora após ele estava na funerária e quatro dias depois, já havia pedido a indenização. O réu é calculista, frio e mercenário – avaliou o promotor.

O advogado do réu, Jaison da Silva, explicou que não existem provas contundentes de que Maurício tenha violado o Código Penal e realizado um homicídio qualificado.

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– Estamos muito otimistas. A investigação da polícia deixou falhas e tentaremos mostrar isso – disse o advogado.

Em novembro de 2011 Simone morreu envenenada por chumbinho. O acusado de premeditar e executar o homicídio esteve em prisão preventiva no Presídio Regional de Blumenau desde março de 2011. A sessão teve um intervalo às 12h30min, horário destinado ao almoço de todos os participantes. Nesse momento, o réu foi levado sob a custódia da Polícia Militar (PM), que permaneceu todo o tempo no júri. Nem os familiares da vítima como os do réu quiseram falar à reportagem do Santa.