Na véspera da posse de Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado a 10 anos e 10 meses de prisão, fez duras críticas a seu algoz.

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– Vou para a prisão, mas o direito à palavra ninguém me tira – afirmou Dirceu, durante jantar em sua homenagem, na quarta-feira, em Brasília.

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O ex-ministro do governo Lula mostrou inconformismo com o julgamento do mensalão e disse que “o ódio imperou” na decisão de Joaquim Barbosa. Na conversa com amigos e parlamentares do PT, na casa do advogado Hélio Madalena, no Lago Sul, Dirceu contou que já recebeu manifestações de apoio de autoridades de vários países, até mesmo dos Estados Unidos.

Os petistas prometeram organizar atos de desagravo a ele e ao ex-presidente do PT José Genoino, além de debates públicos sobre o julgamento. Nesta sexta-feira mesmo haverá uma reunião assim, em Osasco (SP), promovida pelo deputado João Paulo Cunha (PT), outro condenado no mensalão, com a participação de Dirceu e de Genoino.

O formato desses encontros foi tema do almoço de Dirceu com deputados do PT, também na quarta-feira, na casa do líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto, futuro secretário dos Transportes da prefeitura de São Paulo.

Nas duas reuniões, Dirceu disse que se sente um “preso político” como nos tempos da ditadura e, mais uma vez, atacou a imprensa. Para ele, o STF foi influenciado por “forte pressão” da mídia no julgamento e fez uma interpretação “esdrúxula” da teoria do domínio funcional do fato – que dispensa atos de ofício – apenas para condená-lo.

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