Jornais italianos repercutiram neste sábado a notícia da fuga do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para Itália.
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Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no escândalo do mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato aproveitou sua dupla cidadania brasileira e italiana para deixar o país. Ele agora irá apelar para um novo julgamento no país europeu.
O periódico Il Fatto Quotidiano noticiou a fuga do “banqueiro brasileiro Pizzolato”, condenado no “julgamento histórico do mensalão”. O jornal também ressaltou a relação do PT com a presidente Dilma Rousseff.
Já o noticiário independente Lettera 43 destacou a fuga de Pizzolato para escapar da cadeia e disse que a prisão dos condenados encerra um triste capítulo da história da corrupção no Brasil.
O Corriere Della Sera afirmou que o brasileiro fugiu para a Itália, onde tem passaporte, para evitar a extradição. O texto destacou que agora é o país europeu quem abriga um condenado brasileiro, depois do contrário acontecer no caso de Cesare Battisti.
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Polícia chegou a fazer buscas por Pizzolato
Henrique Pizzolato nasceu em Concórdia, onde ainda reside seu pai, e costuma vir a Santa Catarina para visitar a família. Dos 12 réus condenados que tiveram a prisão decretada na sexta-feira, apenas Pizzolato não se entregou à Polícia Federal brasileira. Os outros 11 já estão em Brasília.
Na sexta-feira, a Polícia Federal chegou a fazer inspeções nos dois endereços de Henrique Pizzolato em Copacabana, na Zona Sul do Rio, sem sucesso. No bairro, as informações dos vizinhos eram desencontradas, mas alguns chegaram a dizer que não viam o ex-diretor do Banco do Brasil nas redondezas há cerca de dois meses.
Confira o texto da nota divulgada por Henrique Pizzolato neste sábado:
Por não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália.
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