A presidente do Convention & Visitors Bureau, Áurea Raquel Pirmann, defende um trabalho forte para consolidar a marca Joinville no mercado brasileiro e despertar nas pessoas o desejo de conhecer a cidade.
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A executiva assumiu a entidade no mês de abril e diz que, entre as prioridades, estão a busca pela desoneração do ISS para realização de eventos e o comprometimento da entidade com o Projeto Viva Turismo em Joinville.
O Convention também realiza melhorias internas, como o desenvolvimento de uma ferramenta digital, que deve ser lançada em novembro.
Entrevista: “queremos encontros técnicos aqui”
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A Notícia – O projeto de lei n° 51/2013, aprovado em março e que prevê mudanças na organização de eventos na cidade, vai realmente reduzir a burocracia?
Áurea Raquel Pirmann – A desburocratização dos processos para a realização de eventos sempre foi uma questão defendida pelo Convention, e a lei aprovada em março tem justamente este intuito.
Como toda mudança requer um período de adaptação, alguns organizadores de eventos estão tendo dificuldades ainda com este novo modelo, principalmente no que se refere a possuir o alvará do local para realização de eventos. Até então, isto era feito para cada evento.
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Será necessário um alinhamento entre a Prefeitura, os agentes responsáveis pelas liberações, fiscalização e os organizadores de eventos para o esclarecimento de dúvidas quanto aos novos procedimentos. Mas acreditamos que a lei ajudará, sim, a desburocratizar, pois, pela redação da antiga lei, quase nenhum evento seria realizado em Joinville.
AN – Como está a captação de eventos para este ano e qual o perfil que a entidade busca?
Áurea – Em 2013, temos registrados 41 eventos, embora não seja possível precisar o número, pois nem todos passam pelo Convention. Em 2014, o calendário registra 49 eventos. O Convention trabalha com a meta de captação de novos eventos para este ano e para os próximos.
Em 2013, articulamos a realização de 18 novos eventos que acontecerão até 2017 e, para este ano, estimamos atingir em torno de 20 eventos. Buscamos eventos nas áreas técnicas, científicas e de negócios – alinhados com os potenciais da nossa cidade e região, como os eventos na área médica.
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Somente no ano passado, dentre os 18 eventos articulados por nós, foram captados um congresso latino-americano, quatro brasileiros, um sul-brasileiro e dois catarinenses, todos na área médica e que acontecerão até 2017. Para mensurar o impacto de um evento como este, podemos fazer uma conta rápida: se em um congresso com mil participantes há gastos em torno de R$ 330,00/dia por pessoa, com duração de três dias, teremos em torno de R$ 1 milhão deixados na cidade.
AN – Quais as principais medidas que devem ser tomadas para captarmos mais eventos para Joinville?
Áurea – Ferramentas como a lei que desburocratiza a organização de eventos, a desoneração de ISS para realização de eventos (que estamos trabalhando junto ao Legislativo e ao Executivo), a nova Expoville, a modernização do aeroporto e a ampliação e melhoria da prestação dos serviços contribuem de forma significativa para ampliarmos a competitividade do destino e, desta forma, conquistarmos mais eventos para a cidade.
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Entretanto, acreditamos que é preciso um trabalho forte de consolidação da marca Joinville no mercado brasileiro. Despertar o desejo de conhecer a cidade nas pessoas contribui muito para a decisão de se levar um evento para uma cidade ou para outra.
AN – Qual o impacto da reforma do complexo Expoville para a atração de eventos?
Áurea – O impacto é altamente positivo, pois um espaço qualificado como o da Expoville nos permite disputar eventos com grandes centros já consolidados. A partir da concessão da Expoville para a iniciativa privada, a expectativa se amplia, pois, além do Convention & Bureau, existe uma equipe comercial qualificada, contratada pela Expoville, que trabalha conosco intensamente na captação de eventos para a cidade.