Promessa recorrente do Joinville em todo início de temporada, a utilização de atletas formados nas categorias de base do clube deixou de fazer parte apenas do discurso. Neste ano, o Tricolor finalmente tem dado espaço para os pratas da casa mostrarem o seu futebol. Há pontos positivos a serem enaltecidos, mas também é preciso olhar com atenção para o papel que está sendo desempenhado por esses jovens jogadores que ajuda a explicar a situação da equipe no Campeonato Catarinense.

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Com a estreia de Breno diante do Guarani de Palhoça, no domingo, o JEC chegou à impressionante marca de nove atletas formados na base do clube testados em dez partidas do Campeonato Catarinense. A marca pode até não parecer tão relevante, mas é só tomar os últimos dois anos como exemplo para perceber o salto: em 2014, nas dez primeiras rodadas, apenas quatro jovens ganharam oportunidades; e, em 2015, cinco.

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No jogo contra o Bugre, no último domingo, os pratas da casa foram determinantes para o JEC construir a sua segunda vitória no Estadual. Willian Popp foi o autor do cruzamento, em jogada de escanteio, que Naldo completou para a rede após bate e rebate na área. Juninho, por outro lado, foi autor de um golaço ainda no primeiro tempo, por cobertura, que deu tranquilidade para o time administrar a vantagem.

O bônus e o ônus

O principal motivo para o Joinville praticamente duplicar o número de jogadores da base utilizados neste início de ano passa pelo aspecto econômico. Sem investir em grandes contratações até aqui, o JEC está com um elenco limitado. Assim, os jovens atletas acabam se tornando a principal opção para o clube suprir as carências no grupo.

A aposta do JEC na base também é uma tentativa de fortalecer os cofres do clube. Ontem, Willian Popp teve confirmada a sua transferência para o futebol sul-coreano. As cifras da negociação não foram reveladas pelo Tricolor. Antes dele, o Joinville já efetuou, somente em 2016, os empréstimos de Fernando Viana, Gustavo Sauer, André Baumer e Igor.

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Embora valorizar os jogadores formados na base do clube seja positivo para o Joinville, a falta de experiência se caracteriza como um obstáculo a mais para o JEC superar a crise provocada pela falta de resultados. Os atletas mais jovens levam mais tempo para absorver as críticas que vêm das arquibancadas e da imprensa, o que pode dificultar o processo de transição para o profissional.