Maurício Pahl tem 33 anos e algumas experiências de trabalho. Joinvilense, ele nasceu no ano da goleada histórica do Jec sobre o Internacional, de 4 x 1, em uma partida amistosa. Quando nasceu, o médico disse à mãe que ele seria jogador de futebol. E ele tentou. Como não poderia ser diferente é torcedor do JEC, mas também é vascaino.

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De 2000 a 2005, Maurício passou por times de Jaraguá do Sul, Florianópolis, Lages e do interior de São Paulo, mas sem contratações. Depois que saiu de Lages, em 2005, abandonou o futebol. Seu novo investimento é a música, que também sempre acompanhou sua história. Enquanto estava na serra catarinense e longe da então mulher, compôs alguns pagodes românticos.

– Eu queria ser jogador de futebol ou cantor – conta.

Durante a Copa do Mundo, empolgado com os jogos e com a convocação do jogador Ramires, antigo JEC, ele resolveu compor uma música para ele. O gênero agora é funk, aproveitando a batida de outra música que ele havia feito há um tempo.

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Como o futebol não lhe rendeu muitos frutos, Maurício já trabalhou como motorista, operador de prensa e montador. Agora ele tenta uma oportunidade na música. A esperança era de que o jogador ouvisse a música e isso lhe ajudasse a ser cantor.

A sinceridade é uma marca das composições dele. Quando um amigo lhe sugeriu que cantasse funk ostentação pois estava na moda, ele negou a ideia.

– Eu acho que você tem que escrever aquilo que está vivendo. E o que é cantado no funk ostentação não é a minha realidade – explicou.

Essa sinceridade fica explícita também na música em que fez para o jogador. “Sem o conhecer pessoalmente, mas posso falar o que eu vejo de fora”, diz um trecho da música sobre Ramires.

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No final do ano passado, ele já havia escrito uma letra para Neymar e Messi, uma adequação de uma música que ele compôs falando sobre a história dele e de um amigo, uma ideia que surgiu enquanto batia uma bola no quintal da casa onde mora, no bairro Nova Brasília.