A Chapecoense chegou na Vila Belmiro sem esconder sua estratégia para enfrentar o Santos neste sábado. Inspirado no que viu na Copa do Mundo, e no sucesso sobre o São Paulo na rodada anterior, o time jogaria todo fechado e tentaria sair com velocidade nos contra-ataques. A escalação de Celso Rodrigues não deixou dúvidas: três volantes e apenas um atacante, Bruno Rangel.

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O plano parecia funcionar no começo do jogo, já que o time paulista encontrava muita dificuldade para superar o paredão verde que se formava no campo de defesa. Durou poucos minutos. Com seus três atacantes, o Santos passou a abusar das jogadas laterais e, em uma bobeira da zaga da Chape, a bola sobrou dentro da área com Gabriel, que passou para para Rildo completar para o fundo do gol.

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O jogo esquentou, o time catarinense tentou ser mais agressivo, os dois lados ficaram mais abertos. Porém, o tempo vai passando e o Santos soube administrar a vantagem. Faltou emoção. A Chape em nada ameaçou, e os dois goleiros pouco trabalharam.

Na saída par ao intervalo, Rangel sentenciou:

– Tem que sair mais. Viemos com a tática de jogar fechadinho. Eles fizeram um gol que dificultou bastante. Vamos ver o que o professor vai fazer para a gente sair mais e conseguir os três pontos.

Chape com mais volume, Santos mais eficiente

A segunda etapa revelou a mudança de postura das duas equipes. Aos dois minutos, o goleiro Aranha fez a primeira grande defesa para o Santos, em um chute forte e certeiro de Dedé. Aos seis minutos, os atacantes do Peixe provaram sua eficiência. Desta vez foi Thiago Ribeiro quem avançou à linha de fundo e cruzou rasteiro para Gabigol, já dentro da pequena área, encher a rede e ampliar o placar. Foi o quarto gol do artilheiro santista neste Brasileirão.

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A Chapecoense passou a sufocar a equipe santista, criou muito mais, mas Aranha não deixou o jogo complicar. Defendeu uma bomba que saiu dos pés de Abuda aos 19 minutos, seguida por uma boa finalização de Camilo. Bruno Rangel chegou a empurrar a bola para o fundo do gol aos 32 minutos, mas estava impedido.

Com bem menos volume e muito mais precisão, o ataque santista só precisou de mais uma chance para, aos 34 minutos do segundo tempo, fechar a vitória em 3 a 0. Em mais uma ótima assistência de Thiago Ribeiro, Diego Cardoso, que tinha acabado de sair do banco, concluiu.

Passa a euforia da vitória histórica sobre o São Paulo dentro do Morumbi, retorna a preocupação com o rebaixamento, já que, na 15 ªcolocação, a Chape está a dois pontos do Z-4.

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FICHA TÉCNICA

SANTOS

Aranha; Cicinho, Bruno Uvini, David Braz e Mena; Alison (Souza), Arouca e Lucas Lima; Thiago Ribeiro (Geuvânio), Gabriel e Rildo (Diego Cardoso).

Técnico: Oswaldo Oliveira

CHAPECOENSE

Danilo; Fabiano, Rafael Lima, Jailton e Rodrigo Biro; Wanderson, Dedé, Ricardo Conceição (Abuda), Nenén (Zezinho) e Camilo (Leandro); Bruno Rangel

Técnico: Celso Rodrigues

Gols: Rildo, aos 12 minutos do 1º tempo, Gabriel aos seis minutos e Diego Cardoso aos 34 minutos do 2º tempo.

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Cartões amarelos: David Braz e Alison (S); Rodrigo Brio (C).

Arbitragem: Pericles Bassols Pegado Cortez (FIFA), auxiliado por Rodrigo F. Henrique Correa e Eduardo de Souza Couto (trio do RJ)

Local: Vila Belmiro, em Santos