Jogadores do Marcílio Dias não queriam voltar para o campo depois de confusão

Assim que a confusão começou os jogadores do Marcílio Dias desceram ao vestiário e, depois de confirmado o reinício da partida, só foram convencidos de retornar ao gramado após muita conversa com o técnico Guilherme Macuglia. O treinador contou em entrevista coletiva que os atletas estavam revoltados com a atuação da arbitragem e com os rumos que a partida tomou, e que por isso pensaram em não voltar para o confronto:

– Nossa vontade é sumir, é não falar nada, porque ficamos muito tristes com toda a confusão. No vestiário eu falei pra eles que tínhamos que honrar a camisa do Marcílio e que não importava se estivéssemos com dois ou cinco jogadores a menos, nós iamos jogar.

Sobre a permanência no Marinheiro para a Série D, Macuglia desconversou e disse que tem contrato até o dia 20 de abril, assim como a maior parte do elenco, e que a decisão de quem fica e quem sai entre jogadores e comissão técnica ainda não ocorreu.

Rendimento

Diante do baixo rendimento do time contra o Ibirama, em muitos momentos a torcida vaiou e gritou contra uma possível “marmelada” ou da Federação ou dos próprios clubes para evitar o rebaixamento do Atlético. Perguntado sobre essa desconfiança de alguns torcedores, o presidente marcilista Marlon Bendini foi enfático:

– Não existe entrega de jogo no Marcílio Dias. Meu coração bate mais forte, eu sofro junto. Enquanto eu estiver no clube isso nunca vai acontecer.

Sem Copa do Brasil e sem artilheiro

Com a derrota para o Ibirama e as vitórias do Brusque por 3 a 2 sobre o Juventus e da Chapecoense por 4 a 1 sobre o Avaí, o Marcílio terminou o hexagonal do Catarinense na terceira posição, com 15 pontos. A equipe garantiu a vaga na Série D do Brasileiro, enquanto a Chapecoense, campeã com 20 pontos, vai à Copa do Brasil de 2015.

Os rebaixados foram o Juventus, que terminou na lanterna com oito pontos, e o Brusque, com 12 pontos e na penúltima posição. O Atlético de Ibirama fechou o torneio com a mesma pontuação dos brusquenses, mas leva vantagem no primeiro critério de desempate, o número de vitórias (quatro contra três).

Sem marcar gols em Itajaí, o Marinheiro também viu escapar a artilharia do Estadual. Régis, da Chapecoense, marcou na goleada sobre o Avaí e chegou a oito gols, ultrapassando Schwenck na liderança da disputa, que fez sete gols na competição.