O jogo era de festa, para comemorar a vaga na Série D e ainda sonhar com a improvável (porém possível) classificação à Copa do Brasil. Dentro e fora de campo, no entanto, a tarde de sábado foi marcada por pouco futebol e muita confusão na partida entre Marcílio Dias e Atlético de Ibirama, no estádio Hercílio Luz em Itajaí, que encerrou o hexagonal do Campeonato Catarinense.
Continua depois da publicidade
O Marinheiro perdeu por a 1 a 0 – resultado que salvou o time do Alto Vale do rebaixamento -, mas os derrotados foram além das quatro linhas. Com protestos, brigas e agressões, incluindo à imprensa e ao presidente da Federação Catarinense de Futebol, o Rubro-anil busca agora evitar a perda de mandos de campo em competições futuras e apagar a imagem negativa que a confusão deixou para os verdadeiros apaixonados pelo Cílio.
O confronto deste fim de semana valia muito mais para o Atlético, que precisava vencer para continuar na Série A do Catarinense, do que para o Marcílio, que tinha que ganhar e torcer por um empate entre Chapecoense e Avaí para garantir o título do hexagonal. Durante a semana o elenco marcilista prometeu que iria pra cima do rival grená, mas quando a bola rolou não foi bem isso que aconteceu.
Nenhuma das equipes mostrava grande qualidade no passe e as chances de gol eram poucas, mas o Atlético tinha mais posse de bola e dominava a partida. Os visitantes quase abriram o placar em cabeçada de Edinho, aos 25 minutos do primeiro tempo, mas Rodolpho salvou em uma grande defesa. A resposta também veio de cabeça, com Xipote aos 44 minutos, mas Nei evitou o gol.
Continua depois da publicidade
Polêmicas
Alguns lances marcados pelo árbitro William Machado Steffen irritaram a torcida rubro-anil desde a etapa inicial, mas as reclamações aumentaram no segundo tempo. A primeira polêmica aconteceu aos 21 minutos, quando Carlinhos Santos foi expulso após fazer falta próximo à entrada da área. Aos 30, a arbitragem assinalou pênalti para o Atlético e Adriano abriu o placar para o time do Alto Vale. Toninho foi expulso na jogada, por reclamação, e os donos da casa ficaram com dois jogadores a menos.
O estopim para a confusão viria aos 37 minutos, quando o jogo foi paralisado em razão da ambulância ter saído do estádio porque teria que atender uma ocorrência externa. A partir daí uma briga generalizada tomou conta do pátio do Hercílio Luz e os jogadores e trio de arbitragem desceram para os vestiários. Depois de muitas negociações, garantia de condições de jogo por parte da PM e mais de 30 minutos de pausa, a partida recomeçou. Os oito minutos restantes ainda reservaram um último lance polêmico, em que o Marcílio teria sido prejudicado com a não marcação de um pênalti. No fim, porém, o placar não se alterou e o Atlético se livrou da Segundona em 2015.
Ficha técnica
Marcílio Dias 0
Rodolpho, Diego Bispo, Tonino, Márcio Careca, André Luiz (Thoni), Xipote, Carlinhos Santos, Léo Franco, Harison (Tauã(Gustavo)), Anderson Lopes e Schwenck. Técnico: Guilhere Macuglia
Continua depois da publicidade
Atlético de Ibirama 1
Ney, Gesiel, Lucas, Thiago Couto, Cappa, Kássio, Rodrigo Couto, André Gava (Cristian), Marcelo Quilder (Matheus Guerreiro), Adriano, Edinho (Brenno). Técnico: Silvio Criciúma
Local: Estádio Hercílio Luz, em Itajaí
Data: sábado, 16h
Arbitragem: William Machado Steffen, auxiliado por Alex dos Santos e Johnny Barros de Oliveira
Cartões amarelos: André Luiz (Marcílio), Toninho (Marcílio)
Cartões vermelhos: Toninho (Marcílio), Carlinhos Santos (Marcílio)
Gols: Adriano, aos 33 minutos do segundo tempo