As marcas de pneus no saibro formam desenhos abstratos nas quadras do Jurerê Sport Center, em Florianópolis. Desenhos com muitos significados para 65 atletas e que anunciam o pontapé inicial da sexta edição da Semana Guga Kuerten.

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O torneio de tênis em cadeiras de rodas realizado pelo tricampeão de Roland Garros na Capital é o maior campeonato da modalidade na América Latina. Com classificação ITF 2 a Copa Guga aumentou o número de pontos para os participantes e o valor da premiação para R$ 40 mil. Atrativo para profissionais e maior incentivo para amadores, que amam o esporte.

Óculos escuros, uma boa raquete, cadeira adaptada e força nos braços é o que precisa o mineiro Gustavo Pereira, 38 anos, para se divertir nas quadras. Há quase 20 anos, um acidente de carro tirou os movimentos das pernas. Depois de dois anos internado no hospital Gustavo se reencontrou com o esporte.

O recomeço foi com o basquete, mas foi no tênis que encontrou um caminho de satisfação.

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– Não sou profissional. Sou analista de sistema no Hospital Biocor, jogo por diversão. Ainda hoje tenho dificuldades com a mobilidade em quadra, é difícil. Para mim o tênis é o paradesporto mais complicado, mas o clima, a galera do tênis é muito boa – conta Gustavo, que também pratica esgrima.

Ponto de encontro mundial do tênis

Não é apenas o Brasil Tennis Cup, torneio feminino do WTA, que reúne tenistas internacionais em Florianópolis. Atletas da américa latina e de outros lugares do mundo vem até Santa Catarina para participar da Copa Guga. Em 2007, um acidente de carro deixou Maria Díaz paraplégica. Quatro anos depois ela começou a jogar tênis, hoje, aos 25 anos, é a número três do Chile e está entre as 50 melhores do mundo.

Satisfeita pelo resultado rápido, Maria largou a faculdade de fonoaudiologia para se dedicar plenamente ao esporte.

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– Consegui um patrocinador e no ano passado comecei a competir internacionalmente. Me sinto cada dia melhor com meu tênis, treino muito para melhorar sonho em estar entre as 10 melhores do mundo – revelou antes de entrar em quadra para treinar.

Nessa modalidade é preciso ter força nos braços, agilidade, e habilidade, porém o mais importante é ter a cabeça leve, concentrada.

– O mais complicado dentro de quadra é a cabeça, a luta com você mesmo. Com facilidade me despeço e com isso perco pontos. Concentração é essencial – ensina Gustavo.

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