O tempo livre, que não é muito, Joel aproveita ao lado da família. Casado com a nutricionista Inês, é pai de Lucca, 12 anos, e de Elis, de sete. A confortável casa no bairro Trindade, em Florianópolis, abriga ainda dois cachorros, um boxer e um shitzu. Com a família a vida vira uma festa já no café da manhã. O médico faz questão de preparar pessoalmente o desjejum de todos e jura que é bom no que faz. Depois vai para a natação, às vezes para a terapia, e só então o dia de trabalho começa, geralmente sem hora para terminar.

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Lucca está aprendendo a surfar, supervisionado pelo pai que prefere o stand-up paddle. No Sul do Estado, os locais preferidos de Joel para o esporte são as lagoas dos Freitas (foto) e dos Esteves, em Içara, e a Praia de Itapirubá, em Imbituba.

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– Esses lugares me trazem ótimas lembranças – diz.

Joel pretende retornar ao Sul mais vezes para rever familiares e mostrar aos filhos os locais que marcaram sua infância e adolescência. Já agendou uma nova visita à escola que abre esta reportagem, desta vez para falar aos alunos e professores sobre a importância da doação de órgãos. Ou seja, até mesmo quando descansa, Joel trabalha.

Sonho de consumo? Ter mais tempo para estar com a família e, principalmente, viajar com eles, um de seus grandes prazeres.

– Dei muito gás para cuidar dos outros, mas agora também quero cuidar um pouco mais de mim e dos meus.

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Nada mais justo para quem se dedica tanto, seja na SC Transplantes, na emergência ou na UTI do Hospital Universitário da UFSC.

O que eu vivo em SC

Foto: Willians Biehl / Divulgação

> Uma das boas lembranças de infância de Joel de Andrade é a dos acampamentos meio improvisados que ele, o pai, os tios e os primos faziam ao pé da Serra Geral, em Nova Veneza.

– Nossos programas eram fazer caminhadas no mato, tomar banho de rio, concurso de quem comia mais limão e uma transgressão: cortar palmitos nativos. Ensopados, ficam maravilhosos – relembra.

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Nova Veneza foi a primeira colônia de imigrantes italianos no Brasil e mais de 90% da população são de descendência italiana. A cidade é muito conhecida pelo Carnevale di Venezia (foto), uma festa à fantasia ao estilo veneziano, que ocorre sempre em junho.

Foto: Charles Guerra / Agência RBS

> Faz parte da rotina de Joel e da família frequentar as belas praias da Costa Esmeralda. A praia do coração é Mariscal, em Bombinhas (foto), para onde vão pelo menos de três a quatro vezes ao ano passar alguns dias.

– Fui a Mariscal pela primeira vez há 31 anos com um amigo e nunca mais deixei de ir. As crianças adoram porque o mar é maravilhoso. Dá para fazer passeios de barco e caminhadas nas trilhas. Meu filho aprendeu a surfar ali e é um prazer muito grande surfar com ele – conta.

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Quando criança, Joel frequentava a Praia de Ibiraquera (e a lagoa de mesmo nome) e também a Praia do Porto, em Imbituba.

> Se no verão Joel e família não dispensam a praia, nos fins de semana de inverno um programa frequente é aproveitar as águas termais – consideradas entre as melhores do mundo – do Plaza Caldas da Imperatriz Resort, na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis.

– Gostamos muito porque os hóspedes são tratados pelo nome, as crianças adoram a água quentinha, a comida é ótima e o ambiente muito agradável. Recomendo.

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Foto: Vani Boza / Agência RBS

> Outra dica do médico é cavalgar nos cânions da Serra do Rio do Rastro (foto).

– A serra toda é linda, o Rio do Rastro Eco Resort, em Bom Jardim da Serra, é muito acolhedor, mas o mais impressionante mesmo é cavalgar lá em cima. É lindo de faltar o ar.

> Comer bem é um dos prazeres do coordenador da SC Transplantes. Entre os restaurantes catarinenses, recomenda o Açor, de comida açoriana, localizado na Praia dos Açores, no Sul da Ilha de Florianópolis. Os donos são uma angolana e um paulistano, e o prato-chefe é o bacalhau.

– É uma experiência de comer na casa de amigos. Eles servem o melhor bolinho de bacalhau do planeta – elogia.

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> Outro restaurante que gosta de ir é o Schumacher, em Guabiruba, no Vale do Itajaí, que serve comida típica alemã.

– Até há poucos anos era de chão batido. Um lugar simples, mas de excelente gastronomia.