Jefferson Saavedra: Crise corta 10,5 mil vagas na indústria até agora no ano em Joinville

A crise econômica já cortou 13% das vagas nas indústrias de Joinville desde maio do ano passado, quando a cidade passou a sentir os primeiros reflexos no emprego. Com os cortes, o quadro de trabalhadores no setor industrial conta agora com 71 mil empregados – foram 10,5 mil vagas eliminadas no período, a maioria neste ano. O segmento mais atingido é da indústria mecânica, com o quadro de pessoal reduzido em 23%. Com a crise atingindo a indústria de forma mais dura, o setor de serviços assumiu a liderança no ranking de empregos neste ano e tem 73 mil trabalhadores em Joinville.

Desde 2002, quando iniciou nova série histórica do Ministério do Trabalho sobre emprego, Joinville nunca fechou um ano no vermelho, sempre as admissões superaram as demissões. O melhor resultado foi em 2007, com 11,9 mil vagas criadas, com o pior desempenho em 2005, com mil novos empregos. Neste ano de 2015, já foram eliminadas 6,6 mil vagas.

Leia outras notícias de Jefferson Saavedra

Filiação?

Dentro do PSDB de Joinville, há convicção de que caso Fabio Dalonso deixe o partido rumo ao PMDB, João Luiz Sdrigotti pode virar tucano porque o subprefeito do Centro-norte não iria aceitar um concorrente da mesma região (Costa e Silva) pelo mesmo partido. O próprio João Luiz já teria dado a entender isso. Vereador com seis mandatos, entre 1983 e 2008, João Luiz não concorreu em 2008 e ficou na primeira suplência do PMDB em 2012.

“Entregue”

Na manhã de sábado, a Associação dos Moradores do Adhemar Garcia fez a “inauguração” da ponte entre o bairro e o Boa Vista, uma forma de protestar pelo atraso. A obra sugerida para desafogar o trânsito na zona Sul deveria na fase final de construção, mas ainda nem foi licitada pela Prefeitura de Joinville – neste momento, estão sendo contratados os projetos. O governo do Estado, que seria parceiro, desembarcou da obra.

Só até 20 vagões

Em São Francisco do Sul, os vereadores poderão limitar as composições de trem a um limite de 20 vagões. A proposta é de Joel dos Santos (PSD). O vereador quer reduzir os transtornos no trânsito, já que a linha férrea de acesso ao porto cruza vários pontos da cidade. O projeto ainda não foi votado.

Horário de pico

Também na Câmara de São Chico está em análise proposta para proibir a passagem dos trens em horários de pico. A ideia é de Christopher de Oliveira (PMDB). Joinville aprovou lei semelhante, mas a ALL conseguiu a suspensão na Justiça Federal na semana retrasada e a proibição não está valendo.

Ao orçamento

Embora os prazos para apresentação de emendas já tenha se encerrado, o líder do governo na Câmara, Cláudio Aragão, está procurando lideranças de outros partidos para coletar sugestões de alterações ao orçamento de 2016, a ser votado nesta semana. “É salutar fazer mudanças, ainda que pequenas”.

Sem problema

Sobre a ação de Maycon Cesar para suspender o projeto do orçamento porque não foi realizada consulta pública, Aragão diz esperar que o vereador do PSDB não tenha decisão judicial favorável. Mas caso o orçamento não seja votado, diz o peemedebista, bastará reeditar o orçamento de 2015 para 2016, por decreto.

Disputa da água

Em confronto que pode acabar na Justiça, Águas de Joinville e Casan ainda não se acertaram sobre os novos valores a serem pagos pela estatal estadual à companhia municipal pela água comprada para abastecer Araquari. Por recomendação da Amae, a Águas quer um reajuste mais elevado para manter o abastecimento de 20 litros por segundo – o repasse ficou em 27 l/s no ano passado.

Homenageados

O diretor da Maternidade Darcy Vargas, Fernando Marques Pereira, vai receber comenda da Assembleia neste segunda, em indicação de deputado Dalmo Claro (PMDB). O homenageado de Darci de Matos (PSD) é o presidente da Acij, o advogado João Martinelli.

Todo os anos

Kennedy Nunes (PSD) escolheu Antonio Gavazzoni, secretário estadual da Fazenda, para ganhar a comenda. Patrício Destro (PSB) homenageia Ronaldo Benkendorf, diretor da Orbenk. A comenda é oferecida todos os anos pelos deputados estaduais.

Legalização

Além de propor distância menores de cursos d?água a serem respeitadas pelas construções em áreas consolidadas (em vez de 30 metros, o recuo seria de 15 metros para rios, canalizados ou não), o diagnóstico socioambiental produzido pela Secretaria de Meio Ambiente de Joinville apresentado na semana sugere a chance de legalização de imóveis irregulares.

Meia UPM

A proposta é a legalização de construções feitas até determinada data com pagamento de meia UPM, equivalente a R$ 123, por metro quadrado em desacordo, isto é, construído sem respeitar o recuo mínimo para o curso d?água. Também só vale para construções em áreas consolidadas. O diagnóstico está em estudo na Procuradoria da Prefeitura de Joinville e pode virar decreto até final do ano.

Esse é fácil

Darci de Matos vai dar parecer favorável ao projeto do governo do Estado para a criação de regime complementar para a Previdência dos servidores. Como o SC Prev é optativo, entra quem quer, não tem muita polêmica. O limite de R$ 4,6 mil, também previsto, só valerá para os futuros servidores.

Dureza

Bem mais complicado será o projeto que mexerá na alíquota de contribuição dos atuais servidores. Os detalhes serão apresentados hoje pela Secretaria da Fazenda, com proposta de elevação da fatia paga pelo funcionalismo. O relator desse projeto só será discutido quando a proposta chegar à Assembleia.

“Levemente”

Na reunião com a bancada do PMDB, na sexta, Udo Döhler reafirmou que a folha de pagamento de novembro e a primeira parcela do 13º, a ser paga no dia 30, estão garantidos. Mas admitiu uma “leve preocupação” com a folha de dezembro e a segunda parcela do 13º, embora acredite no pagamento em dia.

Ameaça

Com os cortes anunciados na sexta, sendo R$ 14,1 milhões só em benefícios para servidores, o fantasma do atraso de salários vai ficar por aí um bom tempo. Se não fosse a crise, não haveria clima algum para as medidas de economia. Até os repasses para o Natal e o Carnaval, se fossem anunciados isoladamente, teria uma repercussão negativa muito maior.