O Joinville começa a escrever na noite desta quarta-feira, a partir das 21h30, mais uma página de sua história na Copa do Brasil. Em Rio Brilhante (MS), o Tricolor enfrenta o Comercial, no Estádio Ninho da Águia. Será a sexta participação do JEC na mais democrática competição do futebol brasileiro.

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O adversário não chega a assustar, mas o histórico da equipe joinvilense no torneio deixa o torcedor de cabelo em pé. Nas cinco participações anteriores, classificou-se para a segunda fase em apenas uma oportunidade. Na única vez que passou adiante, pouco valeu: foi eliminado na rodada seguinte.

Diante do Comercial-MS, Hemerson Maria completa cem jogos no JEC

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Em três ocasiões, o JEC caiu diante dos grandes: Grêmio (1990), Corinthians (2001) e Santos (na segunda fase, em 2012). Em outras três, o dissabor da eliminação foi causado por equipes de menor expressão: Americano-RJ (2002), Novo Hamburgo-RS (2014) e Ituano (2015).

Para quebrar esta incômoda escrita e até sonhar com a classificação sem a necessidade do jogo da volta (o que acontece caso o visitante vença por dois gols de diferença), o JEC viajou com o que tem de melhor e com a autoestima elevada após a conquista do returno do Campeonato Catarinense.

Do time que enfrentou a Chapecoense e venceu por 3 a 1 no último domingo, apenas Naldo e Rafael Donato são desfalques confirmados – foram poupados e retornaram a Joinville. Mas isso não deve ser problema para o técnico Hemerson Maria, que deve apostar em Victor Oliveira para recompor a defesa e Diones para fortalecer o meio de campo.

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Se por um lado o JEC esbanja tranquilidade, por outro o Comercial-MS tem uma dor de cabeça. A equipe do Mato Grosso do Sul está envolvida com as finais do Campeonato Estadual. Como empatou o primeiro jogo da semifinal por 0 a 0 com o Corumbaense no último domingo, há a possibilidade de o técnico Paulo Rezende poupar alguns jogadores nesta noite pensando no jogo da volta.

Quem pode acabar ficando fora do jogo para priorizar o Estadual é o atacante Lucas Guma, artilheiro do Sul-mato-grossense. Caso ele não atue, a tendência é que Aloísio Chulapa assuma o comando do ataque.

Fases semelhantes, realidades diferentes

Em seus respectivos campeonatos estaduais, Joinville e Comercial-MS atravessam um bom momento. Se o JEC se vangloria de ser campeão do returno com uma rodada de antecedência, o Colorado é dono da melhor campanha em seu Estado, com a melhor defesa e o melhor ataque. Em 13 jogos, sofreu apenas sete gols e marcou 20.

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Mas a realidade financeira das duas equipes é bastante diferente, o que joga todo o favoritismo – e pressão – para os comandados por Hemerson Maria. O Comercial-MS tem um custo mensal de R$ 90 mil. A folha salarial do JEC, por outro lado, é de R$ 500 mil.