Para manter os 100% de aproveitamento neste início de disputa da Série B, o Joinville depende de uma decisão extracampo. Após ser o clube coadjuvante de um comportamento antidesportivo da Portuguesa, que resolveu abandonar o campo aos 17 minutos da primeira etapa, na estreia das duas equipes na competição nacional, o clube catarinense vai aguardar a decisão do julgamento do clube paulista no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, em audiência que será realizada na tarde desta quarta-feira.
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O JEC vai ser representado pelo advogado Roberto Pugliese Junior, que, assim como o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, vai pedir a penalização do clube paulista. Além de exigir o cumprimento dos artigos 205 e 231 do Código Brasileiro de Justiça
Desportiva, que preveem perda de pontos para o rival, exclusão do campeonato e multa de até R$ 100 mil à Lusa, Pugliese vai cobrar o ressarcimento aos cofres do clube catarinense, que gastou com a organização e realização do evento esportivo no dia 18 de abril.
Já Paulo Schmitt, que não escondeu a indignação com o episódio, que chegou a classificar como “encenação”, deverá cobrar punições ao técnico Argel Fucks, ao presidente Ilídio Lico e a Marcos Lico, filho do presidente e um dos dirigentes da Lusa, que esteve diretamente envolvido no caso.
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Advogado crê em punição à Portuguesa
Itamar Côrtes, advogado paranaense especialista em direito esportivo há quase 20 anos, acredita que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deverá beneficiar o Joinville no julgamento da Portuguesa.
– Pela experiência que tenho na área, acredito que a vitória será dada ao Joinville. Além dos três pontos para a equipe Catarinense, existem chances reais de a Lusa ser excluída da Série B – acredita Côrtes.
De acordo com o advogado, que presta serviços ao Coritiba e ao Paraná Clube, duas ações devem pesar contra a defesa da Lusa. A primeira, em razão de o clube paulista ter acionado a Justiça comum. A segunda, pela maneira como ocorreu o episódio, com o abandono de campo da Portuguesa
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– A Justiça Desportiva precisa ser respeitada. Eu, enquanto advogado, jamais orientaria um dos meus clubes a entrar na Justiça comum – concluiu.