Acostumado a ver apenas Blumenau, Florianópolis e Joinville figurar entre os campeões dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), em 2012 e 2013 o esporte estadual viu um intruso peixeiro ameaçar a soberania que reina há cinco décadas. Depois de dois vice-campeonatos seguidos – fato já inédito para qualquer cidade fora do trio copeiro -, Itajaí quer marcar de vez o nome na história dos Jasc. Ao receber pela quarta vez o evento que começa neste sábado, o município aposta na participação em todas as competições (direito garantido à cidade-sede) e no investimento feito nos últimos anos para chegar ao ponto mais alto no pódio no dia 25.

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Ao todo são 26 modalidades e 47 troféus em disputa, e Itajaí só não terá representantes na prova do Tiro com Armas Curtas. Conforme o superintendente da Fundação Municipal de Esportes e Lazer (FMEL), Fabrício Marinho, a ausência nesse torneio foi uma opção da cidade. Ele explica que, em todas as outras categorias, a intenção é que o trabalho não se limite à busca por resultados para os Jasc, o que não seria possível fazer com o tiro armas curtas.

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– Queremos que o esporte tenha continuidade. O objetivo é que a nossa base seja fortalecida, que os atletas tenham futuro e os Jasc são uma grande oportunidade. É o maior evento poliesportivo do Estado e o segundo do país, servindo também de trampolim para outros importantes torneios – destaca.

Sobre a briga pelo título geral deste ano, Marinho admite que a preparação e o desempenho recente contribuem para a expectativa em torno de Itajaí, mas prefere dividir a fama com a onipresente Blumenau e seus 40 títulos da competição.

– Deveremos estar entre os três primeiros dos Jasc, mas não falo em favoritismo. Acredito que a disputa fique polarizada entre Itajaí e Blumenau, que vem pra cá com apenas uma equipe a menos do que a nossa delegação – avalia.

Principal adversário aposta na força da base

Em Blumenau, a direção da Fundação Municipal de Desportos (FMD) analisa que são grandes as chances de Itajaí conquistar os Jogos, por contar com a estrutura de cidade-sede e os investimentos na área esportiva. O diretor técnico da FMD de Blumenau, Cláudio Holzer, reconhece a força do adversário, mas projeta um confronto acirrado, que deve ser decidido nos últimos dias.

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– O favoritismo é deles, mas sempre mantivemos uma regularidade e entramos pra vencer em todas as provas. Pra nós o título é difícil, mas possível – afirma.

Com mais de 90% dos competidores da própria cidade, Blumenau aposta na evolução da base para colher bons resultados e manter fortalecida a tradição dos Jogos Abertos.

– Graças aos Jasc que existe esporte em Santa Catarina e eles sempre vão chamar a atenção. O evento é vitrine, mas o esporte começa lá de baixo e os atletas que estão começando precisam ter condições para um dia disputar os Jogos – pondera.

O duelo em números

Itajaí

Cerca de 450 atletas

Disputa 26 modalidades e 46 troféus

Blumenau

Cerca de 400 atletas

Disputa 26 modalidades e 45 troféus

Joinville e Florianópolis correm por fora

Joinville e Florianópolis vêm a Itajaí com delegações moldadas na base e correm por fora na briga pelo título geral. Na equipe do Norte catarinense, a maior parte dos cerca de 280 atletas é remanescente dos Joguinhos Abertos – até 80% conforme a Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej).

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– Joinville trabalha a política do esporte de base, muito focado nisso. Somos os atuais tricampeões dos Joguinhos e nossa atividade é de formação, lutando para que os atletas tenham seus espaços Brasil afora – diz o presidente da Felej, Fernando Krelling.

Já a Capital disputará os Jasc com aproximadamente 310 atletas, também a maioria vindo dos trabalhos de base. Mais do que a vitória, a Fundação Municipal de Esportes (FME) afirma que o objetivo é valorizar os pratas da casa.

– Investimos onde as pessoas começam a praticar o esporte, que é o mais importante – aponta o superintendente adjunto técnico George Neis.

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