Uma liminar assinada no sábado garantiu que o prefeito Carlito Merss (PT) e o vice Eni Voltolini (PP) continuem normalmente na corrida eleitoral de Joinville. A medida vale até que o recurso contra a decisão que cassava o registro de candidatura dos dois seja julgado no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC).
Continua depois da publicidade
Como os dois continuavam em campanha, na prática a liminar não mudará a rotina dos candidatos. A medida apenas coloca fim às dúvidas sobre se o atual prefeito e o vice poderiam ou não pedir votos depois de terem seus registros de candidatura cassados – a situação vinha sendo questionada nos bastidores por adversários e levou a coligação Joinville Melhor Para Todos a buscar a confirmação judicial de que a campanha não precisava ser interrompida.
A reportagem de “A Notícia” conversou domingo com o prefeito Carlito Merss (PT) sobre a liminar que suspendeu a cassação dos registros de candidatura dele e do vice Eni Voltolini (PP).
A NOTÍCIA – Como o senhor avalia a decisão em liminar?
Carlito Merss – Temos clareza de que não cometemos irregularidade. Um orçamento empenhado não é pagamento. Temos clareza de que cumprimos, nos preocupamos com isso desde o começo. Só que, no levantamento, a juíza considerou todo o empenho global do ano como pagamento efetuado. E, mesmo assim, ficaria abaixo da média. Porque o orçamento deste ano é quase R$ 1 milhão abaixo do ano passado. Esperamos que agora, na terça ou quarta, haja o julgamento de mérito. Porque, na verdade, foi suspenso o efeito.
Continua depois da publicidade
AN – Essa decisão deixa o senhor mais confiante para o julgamento do recurso no TRE?
Carlito – Seria um fato inédito acabar com uma candidatura por causa de um ato que, tecnicamente, está correto. Mas isso (essa decisão) me deixa mais tranquilo. Não por mim, mas mais pelos militantes e candidatos. Porque tem candidato (a prefeito) se aproveitando, inclusive, para colocar isso no jornal. Eu não ouvi, mas parece que, na rádio, um dos candidatos se utilizou disso.
AN – O senhor confia que a liminar será mantida?
Carlito – É claro. Nosso argumento é de que empenho não é a mesma coisa que pagamento efetuado.
LEIA MAIS: