Em meio a difícil tarefa policial de dar um basta à onda de assaltos que atinge o interior do Estado, o secretário da Segurança Pública (SSP), César Grubba, preferiu se manifestar apenas pela assessoria de imprensa nesta quarta-feira, em Florianópolis.
Continua depois da publicidade
Ao recusar pedidos de entrevistas da reportagem feitos nos últimos dias à SSP, Grubba declarou apenas que as investigações estão sendo feitas e entende que qualquer informação agora pode atrapalhar o trabalho policial.
Grubba tem mantido reuniões com os setores de inteligência e os comandos das polícias Civil e Militar, onde cobrou respostas para identificar e prender os autores de roubos violentos que vêm sendo registrados no interior catarinense.

César Grubba, secretário de Segurança.
Continua depois da publicidade
Já são seis grandes assaltos praticados por quadrilhas nos últimos três meses, em Timbó Grande, São Cristóvão do Sul, Irani, Seara, Campo Alegre e Santa Cecília.
Os alvos são cidades pequenas em que há baixo efetivo da Polícia Militar, nas regiões do Planalto Norte e Serra.
Na grande maioria dos casos, os criminosos portam fuzis e dominam os PMs atirando contra as bases policiais enquanto comparsas invadem agências bancárias.
Continua depois da publicidade
O último roubo aconteceu às 10h de terça-feira no Banco do Brasil de Timbó Grande, quando quatro assaltantes empunhando fuzis AK-47 fizeram reféns e atiraram dentro da agência para provocar medo.
Vítimas viram escudos humanos
Na fuga, quatro pessoas foram feitas de escudos humanos em cima da Caminhonete usada pelos ladrões.
Elas foram liberadas a um quilômetro do banco. Depois, os bandidos abandonaram a Caminhonete numa estrada de terra que liga a Canoinhas, onde embarcaram em outro carro não identificado. Os ladrões não conseguiram abrir o cofre e levaram apenas o dinheiro dos caixas, cerca de R$ 10 mil.
A suspeita da PM é que eles tenham entrado num carro com placas quentes e seguido a fuga pela BR-116 em direção ao Paraná.
Continua depois da publicidade
As investigações são feitas pela Divisão de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em conjunto com as Divisões de Investigação Criminal (DIC) do interior.
Até agora, não houve a divulgação pela SSP ou pelas polícias de nenhum plano de ação mais específico para coibir os assaltos.
Especialistas em segurança sugerem o aumento de barreiras nas estradas, a utilização do helicóptero e programas de comunicação rápida com a ajuda de moradores no caso de movimentações suspeitas.
Continua depois da publicidade

Assaltantes com armamento pesado agem no interior.
A onda de ataques a banco e contra a PM em cidades pequenas
30 de junho: Timbó Grande – 7.563 habitantes
Invasão com reféns ao Banco do Brasil. PM acompanha a distância.
28 de junho: São Cristóvão do Sul – 5.308 habitantes
Ataque contra o posto da PM e explosão do Banco do Brasil.
14 de junho: Irani – 10.033 habitantes
Ataque contra o posto da PM e explosão do Banco do Brasil e Santander.
5 de maio: Seara 17.395 habitantes
Troca de tiros nas ruas com PMs e explosão do cofre do Banco do Brasil.
24 de abril: Campo Alegre – 11.982 habitantes
Ataque contra o posto da PM (54 tiros) e explosão do Banco do Brasil
1º de abril: Santa Cecília – 16.413 habitantes
Os PMs decidem não confrontar os bandidos que estavam com fuzis e explodiram o Banco do Brasil.
VÍDEOS mostram ação dos assaltantes em Timbó Grande
Mapa mostra os assaltos a banco nos últimos três meses
Quadrilha faz quinto ataque a banco no Interior de SC
Veja mais notícias sobre assaltos a banco em SC
