A Operação Pecúnia da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de compra de votos nas eleições de 2014 no Estado, passou pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, voltou à Justiça de primeira instância em Santa Catarina e neste momento não atinge nenhum deputado federal.

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Os investigados na ação deflagrada na quinta-feira, quando foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão no Estado, são vereadores e cabos eleitorais.

É o que diz a promotora Ana Laura Peronio Omizzolo, de Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste, que atua no caso.

A promotora afirmou que a apuração teve início em setembro de 2014, em Maravilha, após a apreensão de R$ 110 mil num carro em que havia santinhos do deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB).

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Em razão da citação do deputado, que pelo mandato que ocupa tem foro privilegiado, houve o envio do inquérito para análise no STF.

Segundo a promotora, houve o retorno agora dos autos sobre a competência de investigação das pessoas sem foro privilegiado e o inquérito do deputado segue no STF.

– Essa operação é uma atuação conjunta das promotorias eleitorais de Dionísio Cerqueira, Anchieta, Maravilha e Mondaí. Recebemos de volta do STF a parte da nossa competência, de 1º grau de jurisdição, que são vereadores e pessoas ligadas a políticos de diversos municípios do Extremo-Oeste – ressaltou a promotora.

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O delegado da PF Márcio Antônio Lélis Anater, responsável pela operação, afirma que a PF busca identificar todos os participantes de um esquema de caixa dois que pertencem a um mesmo grupo político do Estado. Ele não cita nomes nem o partido político.

Já foram apreendidos até agora ao longo da apuração R$ 233 mil. Para a PF, a suspeita é se que trata de dinheiro de caixa 2 da campanha.

– Queremos entender agora para quem essas pessoas efetivamente trabalhavam, qual era o esquema, como funcionava, quem mandava o dinheiro de Florianópolis. É isso que estamos procurando – declarou o delegado.

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A próxima fase agora da investigação é de análise dos documentos e computadores apreendidos, além do depoimento dos envolvidos.

Deputado emite nota

O deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB) emitiu nota nesta sexta-feira, onde afirmou “se tratar de assunto que não conhece, que corre em segredo de Justiça e que tem a impressão que estão querendo vincular coisas que são totalmente distintas”.

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