Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram um mandado de busca e apreensão no Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) em busca de documentos na sala de um ex-funcionário comissionado.
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A ação faz parte da Operação Pecúnia, que investiga a compra de votos de um grupo político que atuaria a partir de Florianópolis e enviaria dinheiro para municípios da região do Extremo-Oeste catarinense.
A Comunicação Social da PF em Florianópolis informou que os policiais foram às 9h no Deinfra, mas não localizaram o servidor porque ele não trabalha mais no departamento.
Há denúncia e suspeita da PF sobre funcionário fantasma, o que está sendo apurado. A PF não entrou na sala da presidência.
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Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do governo do Estado, na tarde desta quinta, o presidente do Deinfra, Wanderley Agostoni, afirma que a busca da PF era para localizar a sala onde trabalhava Rodrigo de Souza Comin e os equipamentos utilizados por ele no Deinfra, mas que nada foi encontrado.
Ainda na nota, o Deinfra, diz que Comin foi nomeado como assistente de direção em 1º de abril de 2014 e exonerado no dia 28 de novembro de 2014 com efeito retroativo a 3 de novembro de 2014. O DC ainda não conseguiu localizar o ex-servidor
A Operação Pecúnia cumpriu nesta quinta mandados de busca e apreensão em 26 localidades do litoral e do Oeste de Santa Catarina. Foram mobilizados 100 policiais federais.
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Compra de votos
Em Florianópolis, a PF informou que a investigação é comandada pelo delegado Márcio Anater, de Dionísio Cerqueira.
O objetivo da ação é a coleta de provas para a investigação de um esquema de compra de votos que teria ocorrido na eleições de 2014.
As apurações tiveram inicio com a apreensão de R$ 110 mil em setembro de 2014 por policiais rodoviários federais.
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Com base nisso os promotores eleitorais de Dionísio Cerqueira, Anchieta e Maravilha pediram a instauração de um inquérito policial. No decorrer da operação foram apreendidos mais R$ 48 mil.
A nota de esclarecimento divulgada pelo governo do Estado:
“O presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, esclarece que agentes da Polícia Federal estiveram na manhã de hoje na sede do órgão, em Florianópolis.
De acordo com o mandado de busca e apreensão, expedido pela juíza Vanessa Bonetti Haupenthal, da 50ª Zona Eleitoral de Dionísio Cerqueira, a diligência da PF era para localizar a sala onde trabalhava Rodrigo de Souza Comin e os equipamentos utilizados por ele no Deinfra.
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Rodrigo de Souza Comin foi nomeado como assistente de direção, em ato número 688, de 1º de abril de 2014, publicado na edição 19.795 do Diário Oficial do Estado, de 9 de abril de 2014. O ato de exoneração foi publicado no D.O. do dia 28 de novembro de 2014, com efeito retroativo a 3 de novembro de 2014.
O auto circunstanciado de busca e apreensão destaca que nada foi encontrado no Deinfra.”