Considerado pela polícia como um dos principais integrantes de uma facção criminosa de São Paulo, Marcos Júnior Moraes, 24 anos, prestou depoimento terça-feira à tarde, no Fórum de Joinville, na audiência de instrução e julgamento do processo que apura o envolvimento dele com o tráfico de drogas e organização criminosa. O réu está detido no Presídio de Joinville desde dezembro do ano passado.

Continua depois da publicidade

Além de Marcos, o juiz da 2a Vara Criminal de Joinville, Gustavo Aracheski, ouviu as testemunhas de acusação, que são os policiais que o prenderam em Joinville, e as testemunhas da defesa. Algumas provas periciais ainda precisam ser concluídas antes de ser pronunciada a sentença. A defesa também solicitou novas investigações.

O suspeito foi denunciado pelo Ministério Público por quatro crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico, falsificação de documento e envolvimento em organização criminosa.

Marcos foi preso em flagrante no dia 26 de dezembro, em um Ford Fusion na zona Norte de Joinville. Na ocasião, a Polícia Militar apreendeu um quilo de maconha e três quilos de cocaína. Parte da droga foi encontrada com ele e o restante na casa do irmão, no bairro Jardim Iririú, e na casa dele, em Balneário Piçarras.

Réu nega envolvimento com facção criminosa

Continua depois da publicidade

Na delegacia, o suspeito confessou que era encarregado de recolher o dízimo (mensalidade) para o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa das cadeias de São Paulo. Uma planilha encontrada em um arquivo de notebook mostra a contabilidade da organização.

De acordo com a polícia, o suspeito estaria administrando 14 integrantes do PCC em Santa Catarina e cada um deles pagava R$ 400 por mês para o PCC. O dinheiro seria utilizado para protegere sustentar os membros da facção.

De acordo com o advogado de defesa, Julio Vargas, o réu confessa a propriedade da droga, mas nega envolvimento com o tráfico e com a organização criminosa. Conforme a defesa, ele nunca teve contato com as facções e solicitou que os depoimentos de pessoas que o apontam como comandante do tráfico sejam inclusos no processo.