O principal suspeito de integrar o Primeiro Comando na Capital (PCC) _ organização criminosa das cadeias de São Paulo _ preso em Joinville no final do ano passado, foi denunciado pelo Ministério Público por quatro crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico, falsificação de documento e envolvimento em organização criminosa.

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Parte da denúncia já foi recebida pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Gustavo Henrique Aracheski, no último dia 24. Como a lei de tóxicos tem um procedimento diferenciado, nos crimes de tráfico e associação o juiz notificou o réu para fazer a defesa preliminar antes. O suspeito permanece preso no Presídio Regional de Joinville.

Marcos Júnior Moraes, de 24 anos, foi preso em flagrante no dia 26 de dezembro por policiais do Serviço de Inteligência do 8º Batalhão da Polícia Militar. Ele circulava em um Ford Fusion na zona Norte quando foi abordado. Foram apreendidos cerca de um quilo de maconha e três quilos de cocaína. Parte da droga foi encontrada com ele, outra parte na casa do irmão dele, no bairro Jardim Iririú, e o restante na casa dele em Piçarras, no Litoral Norte.

Na delegacia, o suspeito confessou que era encarregado de recolher o dízimo (mensalidade) para a organização criminosa PCC em Santa Catarina. Também revelou que vivia do tráfico de drogas e que já havia sido preso pelo mesmo crime.

– Pra fazer parte (do PCC) basta ser criminoso – disse na ocasião.

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Uma planilha em um notebook apreendido na casa de Marcos revelou a contabilidade da organização criminosa. A polícia desvendou que o suspeito administrava cerca de 14 integrantes do PCC no Estado e que cada um pagava R$ 400 por mês à facção. O dinheiro é utilizado para proteger os membros e sustentar a organização.

O Ministério Público também denunciou o irmão de Marcos por tráfico e associação ao tráfico, já que boa parte da droga foi encontrada na casa dele, e pediu a prisão preventiva do suspeito. Porém, como a prisão já havia sido negada anteriormente pelo juiz de plantão e não havia fato novo, o pedido foi negado.