A Justiça liberou nesta terça-feira os nomes de seis dos sete indiciados no inquérito decorrente da Operação Parada Obrigatória 2: o do vereador José Alvercino Ferreira; o filho dele, Jefferson Alvercino Ferreira; o ex-secretário de Administração, Nelson Abrão de Souza; o ex-coordenador da Codetran, Willian Giovani Gervasi; o dono de uma distribuidora de bebidas, Rudimar Dickel Correa; e o dono de uma garagem de veículos, Julio César Fernandes. A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) em 14 de julho, em Itajaí.
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O nome do sétimo indiciado ainda não consta no sistema do TJ-SC. O delegado do Gaeco, Daniel Garcia, e o coordenador da força-tarefa, o promotor Jean Forest, não revelaram a identidade dele, mas garantiram que não se trata de alguém com foro privilegiado. A juíza titular da 1ª Vara Criminal de Itajaí, Sônia Moroso Terres, responsável pelo processo, não soube explicar o motivo do sétimo nome não estar no sistema.
O inquérito aponta que os suspeitos teriam cometido os crimes de peculato, concussão, advocacia administrativa, receptação qualificada e corrupção passiva.
Habeas corpus negado
Em decisão unânime na manhã desta terça-feira, os desembargadores do TJ-SC decidiram manter o vereador Zé Ferreira preso preventivamente. Ele está detido no Presídio da Canhanduba, em Itajaí, desde 14 de julho. Antes de o habeas corpus ser apreciado pelo colegiado do TJ, os desembarcadores negaram três liminares de soltura à defesa do vereador.
O TJ-SC determinou, porém, que Zé seja transferido para o 1º Batalhão da Polícia Militar em Itajaí. A defesa alega que ele sofreu ameaças no presídio.
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Ontem à tarde, policiais estavam retirando o mobiliário de uma sala para poder acomodar o parlamentar, tão logo a Justiça autorize a transferência. Um colchão e um travesseiro foram levados para o cômodo.
Durante a tarde também foi possível ver a presença de integrantes da Codetran no local. Zé foi coordenador do órgão até 2013.
CONTRAPONTOS
José Alvercino Ferreira
A reportagem não conseguiu contato com o advogado Luiz Antônio Alves.
Jefferson Alvercino Ferreira
O advogado de Jefferson, Denísio Dolásio Baixo, afirma desconhecer “o crime imputado” ao seu cliente. Segundo Baixo, Jefferson se apresentou espontaneamente ao delegado do Gaeco, Daniel Garcia, para prestar esclarecimentos.
– Vamos provar tecnicamente que a denúncia do Ministério Público não condiz com a realidade – diz.
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Nelson Abrao de Souza
Souza alega ter sido indiciado no inquérito devido a um depoimento prestado por Willian Giovani Gervasi. Ele nega participação no esquema de corrupção e afirma que provar a sua inocência por meio do seu advogado.
Willian Giovani Gervasi
A reportagem não conseguiu contato com Gervasi. Na Codetran informaram que ele está afastado do trabalho há duas semanas por motivos de saúde.
Rudimar Dickel Correa
A reportagem não conseguiu contato com Correa pelo celular para ouvir a sua versão sobre o indiciamento.
Julio César Fernandes
A reportagem não conseguiu localizar Fernandes para ouvir a sua versão sobre o indiciamento.