Um pedido de socorro emitido via Facebook pela própria família da vítima marcou de maneira única um sequestro ocorrido nesta sexta-feira em Florianópolis. Milhares de desconhecidos e centenas de amigos, além da polícia, acompanharam o roteiro do crime pela internet.
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A sequestrada, que conseguiu manter-se de posse de seu celular, percebia que o seu drama estava sendo narrado ao vivo pelas redes sociais enquanto ela era levada rumo ao Paraná, num caso aparentemente inédito da crônica policial.
Os veículos de comunicação, porém, só passaram a divulgar o caso após se certificarem da segurança total da refém. Onze horas após ser abordada num estacionamento da UFSC, ela foi liberada pelo criminoso perto do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, de onde tomou um voo de volta para reencontrar os familiares.
Terminou na madrugada deste sábado o sequestro de mais de 11 horas da engenheira de produção Carolina Luisa Vieira, 28 anos, de Florianópolis. A história foi narrada nas redes sociais por familiares desesperados com o sumiço da jovem, libertada perto do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), na região metropolitana de Curitiba.
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A própria vítima chegou a acompanhar as mensagens publicadas no Facebook, em seu telefone celular, quando estava no carro em poder do sequestrador. Houve milhares de compartilhamentos do apelo da família durante a tarde e a noite. O sofrimento se encerrou com um desfecho ainda mais surpreendente:
Carolina contou que conseguiu convencer o criminoso a libertá-la na região do aeroporto e este lhe entregar o cartão de crédito em troca do relógio para que pudesse pegar um voo e retornar para a capital catarinense. A engenheira foi rendida pouco depois do meio-dia de sexta-feira, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde faz doutorado.
O homem portava uma pistola prata, segundo ela descreveu. Carolina seguia para o seu carro, um Sandero, quando viu o desconhecido em sua direção. Ela achou que ele fosse um trabalhador de uma obra dentro da universidade. O homem, então, a rendeu, a colocou no banco traseiro do carro e saiu dirigindo. No Bairro Carvoeira, parou numa rua, verificou se não havia ninguém olhando e, então, ordenou que ela fosse para o porta-malas.
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O sequestrador rodou pela cidade com a refém dentro do carro, sacou R$ 1 mil de um cheque da mãe de Carolina e abasteceu o veículo. Depois de rodar por várias horas, ele pegou a Via Expressa e a BR-101 sentido Norte. Durante a viagem, Carolina pediu ao sequestrador que a deixasse sair do porta-malas, pois ela não seria mais reconhecida. O pedido foi atendido após alguma insistência.
Pouco depois das 19h, os dois pararam num posto de combustíveis de Piçarras, no Litoral Norte. Enquanto o sequestro estava em andamento, familiares se desesperaram. A divulgação de fotos pela internet foi o primeiro passo na busca de notícias. Pelo Facebook, a família divulgava números de telefones para eventuais informações. Ao mesmo tempo, ocorria uma grande mobilização policial na Capital, liderada pelo delegado da Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Renato Hendges.
Por volta das 19h30min, após rastrear os saques, a polícia conseguiu as imagens do posto de Piçarras e identificou o sequestrador. No posto, o criminoso tinha feito uma refeição rápida e, segundo a vítima, até deixado a chave na ignição. Com medo de estar sendo observada, não se encorajou a fugir.
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O drama continuou na BR-101 em direção ao Paraná. Foi a partir da identificação do criminoso que a polícia desconfiou que ele seguiria para o Estado vizinho, de onde é natural. A certeza se confirmou com o rastreamento do celular dela, localizado próximo ao Aeroporto Afonso Pena, de onde enviou mensagem à família dizendo estar bem e apelando para que o cartão de crédito não fosse cancelado, o que lhe possibilitou comprar a passagem de volta para Florianópolis.
Sequestrador está preso
O criminoso foi preso na madrugada deste sábado pela Polícia Civil. O homem foi encontrado em Londrina e preso em flagrante. Ainda neste sábado ele deve chegar na sede da Deic, em Florianópolis.
Como foi o sequestro
A engenheira foi rendida pouco depois do meio-dia de sexta-feira, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde faz doutorado. O homem portava uma pistola prata, segundo ela descreveu.
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Carolina seguia para o seu carro, um Sandero, quando viu o desconhecido em sua direção. Ela achou que ele fosse um trabalhador de uma obra dentro da universidade.
O homem, então, a rendeu, a colocou no banco traseiro do carro e saiu dirigindo. No Bairro Carvoeira, parou numa rua, verificou se não havia ninguém olhando e, então, ordenou que ela fosse para o porta-malas.
O sequestrador rodou pela cidade com a refém dentro do carro, sacou R$ 1 mil de um cheque da mãe de Carolina e abasteceu o veículo. Depois de rodar por várias horas, ele pegou a Via Expressa e a BR-101 sentido Norte.
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Durante a viagem, Carolina pediu ao sequestrador que a deixasse sair do porta-malas, pois ela não seria mais reconhecida. O pedido foi atendido após alguma insistência. Pouco depois das 19h, os dois pararam num posto de combustíveis de Piçarras, no Litoral Norte.
Por volta das 19h30min, após rastrear os saques, a polícia conseguiu as imagens do posto de Piçarras e identificou o sequestrador. No posto, o criminoso tinha feito uma refeição rápida e, segundo a vítima, até deixado a chave na ignição. Com medo de estar sendo observada, não se encorajou a fugir.
O drama continuou na BR-101 em direção ao Paraná. Foi a partir da identificação do criminoso que a polícia desconfiou que ele seguiria para o Estado vizinho, de onde é natural.
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