A sala de imprensa já estava cheia mesmo antes da hora marcada para a entrevista coletiva do presidente Nilton Macedo Machado na tarde desta terça-feira. Além dos jornalistas, fez-se notar uma presença fora do usual: a de torcedores em busca de uma resposta para o erro injustificável cometido pelo Avaí no fim de semana.
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Mas eles ouviram exatamente o que não queriam. Por um erro humano, uma falha de comunicação, Antonio Carlos jogou no domingo sem estar registrado na Federação Catarinense e, como consequência, o time perderá seis pontos e a chance de disputar o Hexagonal.
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A verdade dita assim, sem cerimônias, nua e crua, não aliviou o peso do ar que se respirava na Ressacada. Se o presidente do Avaí disse estar ao mesmo tempo emocionado e com muita raiva pelo acontecido, muito mais inconformados ficaram os torcedores, que não contiveram a revolta e se manifestaram ao fim da entrevista.
– Algumas atitudes varzeanas do Avaí não podem se repetir. A notícia de ontem foi pior do que qualquer goleada. Acho que o Avaí está com sangue de barata, muito frio. É preciso que alguém bata na mesa – disse o estudante Carlos Eduardo Pessi, sócio do clube desde 2007.
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Já do lado de fora da Ressacada, ele ampliou o discurso:
– O Nilton não está se portando como um verdadeiro presidente, não está tendo pulso firme. É o que falta para o Avaí. Ele imediatamente já tinha que ter falado o nome da pessoa que errou e mandado para a rua, para ao menos dar uma satisfação ao torcedor, aos próprios jogadores, que não tem nada a ver com isso.
As reclamações de Carlos ecoavam em mais um grupo de quatro torcedores presentes na coletiva, que preferiram não revelar seus nomes.
– É muito amadorismo, nem no meu time amador tem isso aí. Não existe revolta pior do que um time do tamanho do Avaí fazer um amadorismo desse. Somos torcedores de treino, não que vêm aqui só quando o time está ganhando. Se fosse eles teria até vergonha de sair na rua – lamentou um deles.
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