O fim do ano letivo dos 1,2 mil alunos da Escola de Educação Básica Antônio Rocha de Andrade, em Penha, ainda é incerto. Depois que a unidade foi interditada totalmente pela Justiça na semana passada, a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) queria encerrar as atividades de 90% dos estudantes que já foram aprovados e alocar o restante para receber aulas no ginásio de esportes da escola – solução que foi vetada pela Secretaria de Estado da Educação nesta terça-feira.
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– Levamos essa proposta de atender parcialmente os alunos, mas foi descartada por força de lei. Apresentamos um laudo de engenharia estrutural que descarta riscos e dependemos do parecer da Defesa Civil para recorrer à decisão judicial que poderá liberar dois pavimentos. O governo do Estado não tem capacidade financeira para arcar com locação de um novo espaço, nem por quinze dias – explica o secretário de Desenvolvimento Regional, Aquiles da Costa.
Após interdição total, SDR autoriza obra em escola da Penha
Escola com andar interditado em Penha tem aulas suspensas
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Além do impasse com os alunos, a secretaria ainda precisa obter a liberação parcial da escola para que a reforma do prédio seja feita. Nesta semana, a empresa vencedora da licitação não pode entrar na unidade para dar início aos trabalhos. Sem a desinterdição parcial, professores e alunos também estão impedidos de entrar na escola. Nem as novas matrículas podem ser feitas por enquanto.
Em reunião com o prefeito de Penha, Evandro Eredes dos Navegantes, a Defesa Civil aceitou emitir um parecer favorável a desinterdição. No entanto, o órgão exige que o Estado apresente um laudo garantindo a integridade física das crianças durante a obra e que o terceiro piso da escola permaneça interditado.
De acordo com o secretário regional, o laudo exigido já está pronto e deve ser encaminhado a Defesa na tarde desta quarta-feira. A expectativa é que a Justiça desinterdite a escola ainda nesta semana.
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– Jamais vamos colocar em risco as crianças. A reforma vai ocorrer no terceiro andar e os danos comprometeram apenas a parte estética – afirma Costa.
Reforma vai custar R$ 347 mil
Com dois meses de atraso, a reforma da Antônio Rocha foi autorizada na semana passada pela SDR. O investimento do Governo do Estado será de R$ 347 mil e a obra compreende recuperação dos locais prejudicados por infiltrações, que atingiram o terceiro pavimento, nas salas de aulas e corredores.
Conforme o engenheiro civil da SDR, Toni Roberto de Souza, a cobertura será refeita para que tenha maior inclinação e evite acúmulo de água. No contrato, assinado com a empresa Conre, de Itajaí, está prevista pintura e impermeabilização parcial do prédio, onde houve danos com as infiltrações e trincas, reparos no piso cerâmico e revisão das instalações hidrossanitárias e elétricas. A obra tem prazo de 120 dias para ser executada.
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