A coleta de informações para a identificação de um corpo esquartejado em São Joaquim, na Serra catarinense, também vai atingir os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná.

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Impressões digitais da vítima serão comparadas com as de mulheres sumidas dos Estados vizinhos em mais uma tentativa de descobrir quem é o alvo de um crime bárbaro que causa mistério e desafia a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP).

O procedimento é bastante utilizado no compartilhamento de informações que existe entre a perícia e as polícias dos três Estados do Sul.

Dificulta a investigação o fato de ainda não terem sido encontrados a cabeça e o tronco do corpo. As outras partes, pernas, braços e mãos estavam em um saco de lixo dentro de uma mala jogada num terreno nas margens da SC 114, que dá acesso a São Joaquim. Ela foi encontrada por um catador de latinhas.

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Até agora, foram comparadas impressões digitais com as de 33 mulheres na faixa etária de 20 a 25 anos que estão desaparecidas em Santa Catarina.

O delegado da Delegacia de Pessoas Desaparecidas em Florianópolis, Wanderley Redondo, afirmou que todos os resultados deram negativo. Para o policial, é possível que a vítima seja de outro Estado.

Base de dados com digitais desde 2005

A base de dados computadorizada com impressões digitais de moradores de Santa Catarina tem informações de quem fez a carteira de identidade ou a segunda via do documento a partir de 2005.

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Caso a vítima tenha feito a carteira anteriormente a esse ano, as impressões digitais dela não estão no sistema computadorizado, o que pode gerar dificuldade na identificação do corpo.

Segundo o diretor do IGP, Miguel Colzani, o banco de dados catarinense conta com 3,5 milhões de impressões digitais no sistema, número considerado grande.

Ainda assim, Miguel disse que ainda existe a comparação de pesquisa e análise manual e que o IGP também trabalha com outros meios para identificar vestígios de envolvido(s) no crime.

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Garota de programa

Além da busca por informações de pessoas de fora, a Polícia Civil de São Joaquim não descarta que a vítima seja uma moradora da Serra.

Uma linha de investigação confirmada pelo delegado de São Joaquim, Diego Azevedo, é que possa ser uma garota de programa.

Os policiais estão em busca de pistas em casas de prostituição da região. Informações ou denúncias podem ser dadas para os telefones 181 (disque-denúncia da Polícia Civil) ou 190 (Polícia Militar).

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