A Polícia Civil busca pistas para elucidar o mistério que envolve o esquartejamento de uma mulher em que partes do corpo foram encontradas numa mala em São Joaquim, na Serra de Santa Catarina, no último domingo. A vítima, que teria mais de 20 anos, ainda não foi identificada.

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Nesta segunda-feira, policiais civis de São Joaquim e de Florianópolis (Delegacia de Pessoas Desaparecidas), passaram o dia em busca de informações e consultando arquivos para identificar o corpo, mas sem sucesso. O trabalho também mobiliza peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP).

Na manhã de domingo, um catador de latinhas encontrou as partes do corpo quando revirava lixos que estavam num terreno nas margens da SC-114 (Avenida Ivo Silveira), rodovia de acesso a São Joaquim e a 400 metros da rodoviária.

O delegado de São Joaquim, Diego Azevedo, afirma que o homem encontrou os pedaços do corpo (pernas, braços e mãos) ao abrir a mala e um saco de lixo preto que estava dentro e com um nó.

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O catador então procurou a Polícia Militar. Desde então, não foram localizados o tronco e a cabeça, que podem ter sido levados por um caminhão do lixo em outro saco ou mesmo uma mala.

O que intriga os policiais de São Joaquim é que não há até agora nenhum boletim de ocorrência de mulher desaparecida na cidade.

– Suspeitamos que possa ter sido homicídio de outra região e o corpo jogado aqui. Por enquanto, não temos nenhuma informação de quem possa ser a vítima. O IGP acredita que seja de uma mulher com mais de 20 anos – disse o delegado Azevedo.

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Desaparecimento em Lages

A investigação também mobiliza a equipe de policiais da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, em Florianópolis, cuja atuação abrange todo o Estado.

O delegado titular, Wanderley Redondo, afirma que a polícia encontrou um boletim de ocorrência sobre uma mulher que estaria desaparecida em Lages e aguarda as informações das impressões digitais.

Os policiais checam os boletins sobre pessoas desaparecidas com a faixa etária suspeita na Serra e em Santa Catarina. Também serão apuradas informações sobre desaparecimentos nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.

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– Vamos verificar os BOs antes e depois do fato. Provavelmente a pessoa que fez isso não quer que descubram quem é a vítima e quer dificultar o trabalho da polícia. É algo que indica vingança e muita crueldade – observa o delegado Redondo.

Informações ou denúncias podem ser dadas para os telefones 181 (disque-denúncia da Polícia Civil) ou 190 (Polícia Militar).