Ao aceitar a troca proposta pela presidente Dilma Rousseff e assumir a pasta dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti também se colocou fora das eleições deste ano. Ex-senadora e terceira colocada na disputa de 2010 pelo governo estadual, a petista preferiu continuar em Brasília a enfrentar a disputa por um novo mandato.
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Em 22 de março, Ideli havia sido indicada pelo PT estadual como pré-candidata ao Senado, junto com o deputado federal Décio Lima e o estadual Jailson Lima. A decisão de não concorrer leva em conta dificuldades que teria para enfrentar uma provável coligação formada por partidos que hoje estão na base aliada do governo federal.
– Da forma como as coisas estão se encaminhando, o PT vai ter candidatura ao governo batendo de frente com Colombo, PMDB e PP. Como ela poderia fazer um discurso desses depois de fazer a articulação da presidente com esses partidos? – questiona um aliado da ministra.
Além da dificuldade de encaixar uma discurso, o Ideli temia a própria disputa contra uma máquina formada pelos três maiores partidos de Santa Catarina – mesmo que o candidato petista ao Senado possa herdar parte dos votos de peemedebistas desconfortáveis com uma possível aliança com o rival histórico PP.
A posição poderia ser outra se fossem duas vagas em jogo. A opção de buscar uma vaga na Câmara dos Deputados foi descartada para evitar atrito com as candidaturas à reeleição de Luci Choinaki e Décio Lima, além da provável presença do ex-prefeito joinvilense Carlito Merss no páreo.
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Fora do jogo eleitoral, a ministra mantém-se candidata às vagas no Tribunal de Contas da União (TCU) que devem abrir até o final do ano com a aposentadoria de atuais conselheiros. A possibilidade vem sendo admitida por Ideli em conversas reservadas.