Hospital Regional de Joinville atenderá apenas casos graves a partir desta sexta

O Hospital Regional de Joinville confirmou em coletiva, na manhã desta quinta-feira, que atenderá apenas pacientes referenciados como urgência e emergência a partir desta sexta-feira. A medida já havia sido adiantada em reunião entre gestores da saúde na Secretaria de Desenvolvimento Regional na segunda-feira.

Segundo o diretor do hospital, Renato Castro, o referenciamento atende critério do Ministério da Saúde e é necessário para que o hospital consiga dar atenção aos casos graves, em conformidade com decisão da Justiça, evitando que se repitam situações como a pedreiro Raul Domingos, de 43 anos, que morreu após esperar 48 horas por um leito de UTI, na semana passada. ?

Os pacientes continuarão podendo ir até o hospital, mas será feita a classificação de risco. Pessoas classificadas com a cor vermelha (risco iminente de morte), laranja (que necessitam de atendimento rápido) ou amarelo (casos urgentes em que o paciente está instável) serão atendidos pelo Regional. O encaminhamento desses pacientes ao hospital será feito prioritariamente pelo Samu. ?

Pessoas classificadas com cor verde ou azul (sem gravidade), ganharão uma ficha para procurar um posto de saúde perto de casa. Casos classificados como amarelos, mas estáveis, poderão ser encaminhados aos PAs – nesse caso, o hospital chamara o Samu ou outro tipo de ambulância para o transporte.

O Hospital Regional é referência exclusiva na região para para emergências em cardiologia, cirurgia cardíaca vascular e endovascular, cirurgia geral e psiquiatria. Junto do São José, atende ainda as especialidades de infectologia, gastroenterologia, pneumonologia, nefrologia e urologia. Os traumas, como os que acontecem em decorrência de acidentes de trânsito, são atendidos exclusivamente pelo São José.

O referenciamento já vinha sendo negociada com o Secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro, com o prefeito Udo Döhler e com o secretário municipal Armando Dias e é uma maneira de melhor organizar os atendimentos na rede, segundo Renato Castro.