Depois de anos de espera, o Hospital Municipal de Massaranduba realizou as primeiras cirurgias. Ao todo cinco pacientes passaram por procedimentos na área de urologia. A intenção é acabar com as listas de espera de cirurgias de baixa e média complexidade do município. O município está investindo cerca de R$20 mil para manter a unidade de saúde por mês.

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O diretor administrativo do hospital, Renato Sasse, afirma que a intenção é realizar 20 cirurgias por semana. No momento, a unidade de saúde começa realizando os procedimentos em dois dias da semana. A próxima maratona de cirurgias deve ocorrer dia 3 de novembro e serão procedimentos médicos de catarata.

– Com o passar do tempo, vamos ampliando nossa demanda. O objetivo é diminuir a lista reprimida na cidade e depois começar atender os demais municípios do estado. Os atendimentos têm ocorrido via Sistema Único de Saúde – declara Sasse.

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O Centro Cirúrgico tem espaço para três cirurgias simultâneas e 29 leitos, sendo seis destinados para o pós-operatório. Sasse afirma que as primeiras cirurgias não há necessidade de internamento, pois é um procedimento que dura cerca de 40 minutos.

– Ainda não contratamos enfermeiros de fora, vamos pagar hora extra para os funcionários do Pronto Atendimento. Quando a demanda for maior, vamos contratar equipes específicas para o Centro Cirúrgico – revela Sasse.

Entre a equipe cirúrgica, está o enfermeiro Samuel Souza da Silva que atua há cinco anos no Pronto Atendimento de Massaranduba. Durante os procedimentos, ele foi o instrumentista. Segundo o profissional, a expectativa com a abertura do Centro Cirúrgico era grande e ele estava ansioso para realizar as cirurgias.

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Segundo a Secretaria de Saúde, há cerca de 300 pessoas na fila de espera para cirurgias de baixa e média complexidade. Os procedimentos de alto risco continuarão sendo realizados nas cidades credenciadas, Jaraguá do Sul e Joinville.

Entraves atrasam operações

O hospital de Massaranduba ficou pronto em 2008, mas nunca entrou em funcionamento por causa das exigências da Vigilância Sanitária do Estado. Neste mesmo ano, o Pronto Atendimento foi transferido para o hospital, pois o projeto contemplava um PA mais o centro cirúrgico. Por isso, a Prefeitura começou, em 2009, a reformar cerca de 70% do prédio.

Na construção, foram investidos R$ 3 milhões. Na readequação, foram necessários mais R$ 3 milhões. Para a compra dos equipamentos, o custo foi de R$ 800 mil, com recursos do governo estadual. Em novembro de 2014, ocorreu a inauguração. Mas, no começo do ano, a Vigilância Sanitária estadual vetou a liberação por falta das cubas e de mobílias que não constavam no projeto. O hospital foi liberado em agosto para começar realizar as primeiras cirurgias.

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