Além de data para inauguração – confirmada em 20 de agosto – agora o tão esperado Hospital Regional de Biguaçu tem dia definido para começar os atendimentos ao público: quatro dias após a festa de abertura, em 24 de agosto. A data foi confirmada em reunião entre o governador Raimundo Colombo, o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing e o prefeito de Biguaçu, Ramon Wollinger. Até lá, há pouco tempo e algumas ações importantes para serem finalizadas: os últimos equipamentos estão sendo comprados e funcionários pré-selecionados serão chamados para treinamento.
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A unidade regional de saúde, que conta com 130 leitos, vai atender, na primeira etapa, serviços ambulatoriais. Já na segunda fase, serão realizadas internações clínicas e de emergência. Por fim, na terceira e última etapa a unidade poderá fazer cirurgias eletivas de baixa e média complexidade, com capacidade total para 2.655 pacientes por dia.
– Nossa intenção é colocar a entidade [Beneficência Camiliana do Sul – São Camilo] lá dentro. Depois disso, as coisas naturalmente vão acontecendo. Sabemos que outros hospitais também começaram os atendimentos gradualmente dessa maneira. Até porque é um processo: do ambulatorial para o cirúrgico se leva um tempo. Além disso, precisamos adequar a questão de recursos – explica o prefeito Ramon.
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Estudando a demanda
Em reunião na Secretaria de Estado de Saúde, ontem à tarde, o diretor do hospital, Valmor Busnello, disse que está sendo avaliada a questão de agendamento:
– Estamos estudando a demanda de outros hospitais da Grande Florianópolis, como o Regional de São José, para sabermos como a unidade de Biguaçu poderá desafogá-la – explica.
Primeiro paga, depois chama
O custo mensal para manutenção do Hospital Regional de Biguaçu – de R$ 3,2 milhões – será dividido entre governo federal e estadual. O hospital foi construído entre a parceria das três esferas: município, Estado e governo federal.
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De acordo com o prefeito Ramon Wollinger, assim que o Estado repassar a primeira parcela para a entidade que irá administrar o hospital, os 187 funcionários pré-selecionados serão chamados para treinamento.
– A expectativa é de que isso aconteça até o fim da semana, para que a entidade faça a contratação formal daqueles que foram pré-selecionados e chame para treinamento _ garante o administrador de Biguaçu.
Compra de equipamentos pode atrasar
O principal impasse para a inauguração do hospital ser adiada por tantas vezes foi o compromisso do governo federal em complementar o valor mensal de manutenção da unidade – honrado no início de julho. Mas até abril alguns itens vitais ao hospital, como aparelhos para anestesia, ainda não haviam sido adquiridos.
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A compra dependia, principalmente, de duas verbas: R$ 2,3 milhões provenientes do Estado e R$ 2,5 milhões fornecidos pela União – ambos repassados ao município. Com o recurso do primeiro deles, estão sendo comprados itens para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e enxoval.
– Licitei tudo isso e no início de agosto os itens devem estar chegando – pontua Valmor.
Problema com fornecedores
Já o último repasse enfrenta o terceiro processo licitatório devido a problemas com fornecedores. Serão comprados, principalmente, instrumentais cirúrgicos nessa leva. No que depende do município, o prefeito Ramon disse que está tudo garantido:
– Repassamos para a entidade efetuar as compras, por ter mais experiência. A maioria dos itens já foi entregue. Está tudo se encaminhando – comemora.
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Mas Valmor Busnello tem mais cautela:
– Essa é a parte mais atrasada e que pode comprometer as atividades iniciais – diz.
A estrutura
:: 7 mil m² de área construída
Leitos
:: 110 no total
:: 33 de clínica médica
:: 21 de clínica cirúrgica
:: 21 de obstetrícia
:: 11 de pediatria
:: 18 para UTI
Capacidade por mês
:: 3 mil exames de análises clínicas
:: 2,3 mil exames radiológicos
:: 1,3 mil sessões de fisioterapia
:: 770 ultrassonografias
:: 374 endoscopias
:: 250 eletrocardiogramas
:: 237 cirurgias
:: 160 partos
Funcionamento
:: 70% para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), 30% particular e funcionará de portas fechadas.
:: Serão atendidos apenas pacientes referenciados por outras unidades de saúde ou emergências trazidas pelo Samu e Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
:: A Secretaria Municipal vai trabalhar na regulação, marcação de exames e consultas especializadas.
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