Representantes da Associação de Hospitais Filantrópicos de Santa Catarina estiveram na manhã desta quinta-feira na Assembleia Legislativa (Alesc) para apresentar os problemas enfrentados pelas entidades, que dependem de repasses públicos. Em muitas unidades, os diretores afirmam que falta dinheiro para os atendimentos básicos, como as cirurgias eletivas. A reunião foi no gabinete do presidente da Casa, deputado Gelson Merísio (PSD).
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O presidente da associação, Altamiro Bittencourt, afirmou que não descarta entrar com ações judiciais de cobrança ou paralisar os atendimentos. Segundo ele, algumas unidades têm dívidas milionárias. Um exemplo é o Hospital de Caridade Coração de Jesus, de São Joaquim, que deve R$ 12 milhões
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Serviços básicos, como mutirões de cirurgias de catarata ou hérnia, são os mais mais afetados pela crise pela qual passam as instituições. Os hospitais filantrópicos representam 70% dos atendimentos e leitos de internação no sistema de saúde pública de Santa Catarina.
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— Para nós, isso representa R$ 100 mil por mês. Na atual situação, pode significar quebrar ou não para alguns hospitais — disse o administrador do Hospital Misericórdia de Blumenau, Atiliano Junk Laffin.
Aos representantes dos hospitais, o deputado Merísio afirmou que uma das soluções pode estar no resultado da renegociação da dívida do Estado com a União. O parlamentar defender que os recursos possíveis de serem economizados devem ser priorizados para a saúde, porém a decisão cabe ao Executivo.
O presidente da Alesc também citou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que sugere o aumento do repasse mínimo de 12% a 15% para a área da saúde, o que corresponderia a R$ 100 milhões a mais por ano. A previsão é de que a PEC seja votada até o final do ano, para valer a partir de 2017.
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