O caso do cão que teve uma das patas decepadas por um golpe de facão, no bairro Jardim Paraíso, teve final de feliz – o animal se recuperou e foi encaminhado para adoção – mas o homem responsável pela agressão ainda terá de prestar contas à Justiça.

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O agricultor Ademir Oliveira do Prado, de 59 anos, foi intimado a comparecer em uma audiência no próximo mês de março, quando lhe será proposta uma transação penal (pena alternativa, como pagamento de multa ou serviços comunitários) para que o processo seja arquivado pelo Juizado Especial Criminal.

Após golpear o cão, em outubro do ano passado, na zona Norte de Joinville, Ademir alegou que reagiu porque o animal havia atacado o cavalo na carroça dele. Ao ser atingido pelo facão, o cachorro acabou perdendo uma das patas.

A cena aconteceu em frente à Escola Municipal José do Patrocínio e foi presenciada por dezenas de crianças na hora do recreio. Duas semanas depois, já recuperado, o cão foi levado de volta à escola, onde recebeu o carinho dos alunos e passou a ser chamado de Bruce.

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No tempo em que esteve no Centro de Bem-estar Animal, Bruce foi castrado, desverminado e recebeu um microchip. Antes da agressão, ele vivia como um cachorro de rua.

Apesar da repercussão, crimes de maus-tratos contra animais não implicam em prisão: denunciados por enterrarem dois cães vivos no pátio de uma secretaria regional de Joinville, em 2010, dois ex-servidores públicos foram condenados a apenas pagar R$ 1.244,00 de multa, em 2010.