Após o júri popular que definiria o futuro do homem acusado de atear fogo na companheira ser adiado na tarde desta quinta-feira, em Joinville, o réu recebeu o alvará de soltura da Justiça e vai esperar o novo julgamento em liberdade. Ele será julgado em 29 de março.

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Segundo o defensor público Vinícius Garcia, que defende o réu Bruno Pereira da Silva, ele foi solto porque estava há muito tempo preso – desde fevereiro – e a vítima esteve no Fórum de Joinville nesta quinta-feira, mas não relatou medo do ex-companheiro.

– Quem veio assistir ao júri foram pessoas da empresa em que ele trabalhava antes. Eles confiam nele e se comprometeram a empregá-lo de novo a partir de amanhã (sexta) – acrescenta.

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Sobre o adiamento do julgamento, Garcia explicou que não foi intimado sobre a mudança dos jurados e seria importante para ele saber quem eram os suplentes, por isso não concordou em dar início ao júri.

Entenda o caso:

Bruno Pereira da Silva, 21 anos, é acusado de atear fogo na ex-companheira e foi denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado (por motivo fútil, emprego de fogo e por impossibilitar a defesa da vítima).

A mulher de 29 anos teve 20% do corpo queimado e ficou internada por um longo período na ala de queimados do Hospital Municipal São José. O crime teria acontecido após uma discussão, em fevereiro deste ano, na casa do casal, na zona Leste.

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Segundo a denúncia, Bruno teria chegado em casa supostamente embriagado por volta de 5 horas, o que teria motivado a briga. Durante a discussão, a mulher teria rasgado um lençol da preferência de Bruno.

O réu também é acusado pelo Ministério Público de negar socorro à vítima. Ele teria impedido que ela entrasse no banheiro para tentar apagar as chamas. A denúncia diz ainda que ele teria dado um chute rosto dela. A filha de 14 anos da mulher foi quem a salvou ao despejar água no corpo da mãe e pedir socorro.

Em depoimento, Bruno negou o crime. Ele disse que encontrou a mulher muito nervosa ao chegar em casa e que ela teria ateado fogo no próprio corpo para incriminá-lo.

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