A chegada da TV Tupi, em 1950, pelas mãos de Assis Chateaubriand, foi também o início da trajetória televisiva de Hebe Camargo. Ela havia sido escalada para cantar o hino da televisão no ato de lançamento, mas foi substituída por Lolita Rodrigues após alegar uma gripe. Mesmo assim foi lá que começou a carreira no programa TV na Taba.
Continua depois da publicidade
Relembre a trajetória de Hebe Camargo em imagens
Mais tarde, a partir de 1955, ela se transfere para a TV Record e passa a fazer programas femininos que teriam seu formato copiado ao longo da história da TV brasileira, como O Mundo é das Mulheres. Apesar de já ser reconhecida como uma das figuras mais emblemáticas da televisão, Hebe não se desligava do início como cantora de rádio. Ela havia formado a dupla Rosalinda e Florisbela, ainda na juventude, com a irmã Stela. No vídeo ao lado, as irmãs reviveram aquele período em uma apresentação no SBT.
A rainha morena
A loira mais conhecida da televisão brasileira era, na verdade, morena de sobrancelhas grossas. A imagem rara pode ser conferida em um dueto com o cantor Ivon Curi no primeiro número musical da TV Tupi.
Continua depois da publicidade
Ícone da TV
Por muito tempo ela manteve a apresentação na televisão em paralelo à carreira no rádio, inclusive com um programa diário na Rádio Jovem Pan nas décadas 60 e 70. Entre as emissoras de TV, passou por várias no país, como a TV Continental e a Bandeirantes. No entanto, a cantora caipira só se transformou em diva quando foi para o SBT em 1985. Foi no programa que levava seu nome que ela começou a afirmar alguns de seus bordões mais famosos, como “lindo de viver” e, principalmente, “gracinha”. A cantora Mariah Carey foi uma das eleitas para ser chamada assim.
Coadjuvante de comédias
O humor puro e sincero não marcou apenas a expontaneidade nas entrevistas. Hebe Camargo agitava o auditório e os telespectadores como coadjuvante de vários comediantes. Ronald Golias e Mazzaropi eram dois de seus humoristas favoritos, e com eles registrou cenas marcantes na TV e no cinema brasileiro. Com o primeiro, fez esquetes de teleteatro desde a década de 60.
Com o Jeca, no filme Zé do Periquito, ela resume tudo o que fez: divide a cena com o cantor Agnaldo Rayol, encanta com as pernas de fora e os cabelos já bem loiros, e diverte os colegas e o público.